Diplomacia brasileira insistiu que vai manter "negociações com os EUA com vista à retirada das tarifas adicionais sobre o restante da matéria de comércio bilateral".
O Governo brasileiro afirmou na quinta-feira que quer prosseguir as negociações com os Estados Unidos, na sequência do anúncio da retirada das tarifas de 40% sobre certos produtos brasileiros.
"O Governo brasileiro reitera a sua disposição para continuar o diálogo como meio de solucionar questões entre os dois países, em linha com a tradição de 201 anos de excelentes relações diplomáticas", sublinhou o Ministério das Relações Exteriores do Brasil em comunicado.
Dessa forma, a diplomacia brasileira insistiu que vai manter "negociações com os EUA com vista à retirada das tarifas adicionais sobre o restante da matéria de comércio bilateral".
Também Lula da Silva, depois de ter dito que estava "feliz" com a decisão de Washington, recorreu às redes sociais para sublinhar que "a derrubada da taxa de 40% imposta pelo governo norte-americano a vários produtos agrícolas brasileiros é uma vitória do diálogo, da diplomacia e do bom senso".
"O diálogo franco que mantive com o Presidente [dos Estados Unidos, Donald] Trump e a atuação das nossas equipas de negociação, formada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin e os ministros Fernando Haddad e Mauro Vieira pelo lado brasileiro, possibilitaram avanços importantes", destacou.
Mais cedo, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, já tinha enaltecido a decisão de remover a tarifa de 40% a 238 produtos agrícolas brasileiros.
O Presidente norte-americano retirou esta sexta-feira as tarifas de 40% sobre certos produtos brasileiros, incluindo carne de vaca, legumes, café e cacau, após negociações com o homólogo brasileiro.
No âmbito da guerra comercial, Trump tinha imposto uma tarifa de 10% sobre as exportações brasileiras, que posteriormente aumentou para 40%, elevando o total para 50%, em retaliação pelo julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, aliado do líder norte-americano, que foi condenado em 11 de setembro a 27 anos de prisão por tentativa de golpe após a vitória eleitoral de Lula da Silva em 2022.
A Casa Branca adiantou na semana passada que Trump estava a reverter algumas tarifas globais que tinham sido originalmente anunciadas em abril.
A decisão de esta sexta-feira harmoniza os planos de Trump, garantindo que nem as tarifas de abril nem as de julho se aplicam a determinados produtos, noticiou a agência Associated Press (AP).
A nova ordem executiva, assinada por Trump na terça-feira, elimina as tarifas sobre certos produtos importados do Brasil ou retirados de armazéns desde 13 de novembro.
As isenções estão detalhadas em duas listas que incluem desde a carne e outros produtos derivados da carne de vaca até às especiarias, frutas e grãos como o café, cacau e derivados, bem como muitos outros produtos agrícolas.
Estão também incluídos os combustíveis fósseis, produtos derivados do carvão e produtos químicos, gases liquefeitos, celulose e inúmeros componentes para a aviação civil.
Trump e Lula, que prometeu defender a soberania do país, iniciaram as negociações após um encontro casual nos corredores da Assembleia Geral da ONU em Nova Iorque, em setembro, altura em que, segundo os líderes, surgiu uma ligação entre ambos.
Os dois presidentes falaram por telefone pouco depois e reuniram-se pessoalmente no dia 26 de outubro em Kuala Lumpur, na Malásia, numa reunião descrita como positiva por ambos os lados.
Desde então, equipas dos dois governos têm discutido uma possível revisão das tarifas impostas ao Brasil, país que, segundo dados oficiais, apresenta um défice comercial com os Estados Unidos há quinze anos.
Na semana passada, o Governo brasileiro classificou o plano de Trump para eliminar certas tarifas sobre os produtos agrícolas brasileiros como positivo, mas afirmou estar confiante de que vai continuar a negociar novas reduções.
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