Cidadãos vão ficar de quarentena durante 18 dias na Base Aérea da cidade de Anápolis.
O grupo de brasileiros residentes na China que pediu ajuda ao presidente Jair Bolsonaro para voltar ao Brasil por temerem o avanço da epidemia de coronavírus chegou na madrugada deste domingo à cidade de Anápolis, a 150 km de Brasília.
Os cidadãos vão ficar de quarentena durante 18 dias (e não 14, como recomenda a Organização Mundial de Saúde) na Base Aérea da cidade, adaptada para os receber e manter em isolamento com o máximo de conforto possível.
Os dois aviões da Força Aérea Brasileira, FAB, enviados pelo governo à cidade de wuhan, onde todos os resgatados viviam, aterraram na pista da base de Anápolis, no estado de Goiás, pouco depois das seis horas da manhã deste domingo, horário local, nove horas em Lisboa.
O grupo é composto por 34 brasileiros e respetivos companheiros e algumas crianças, filhos dos repatriados. Nas duas aeronaves militares também chegaram 24 membros das tripulações e equipas de apoio enviadas a Wuhan, entre os quais sete médicos que acompanharam os resgatados e realizaram sucessivos testes durante toda a longa viagem de mais de 30 horas de regresso ao Brasil.
Ao descer dos aviões, o grupo entrou imediatamente num autocarro preparado especialmente para os receber e foi levado para o hotel de trânsito da base, onde costumam ficar militares de outras regiões em viagem, sem qualquer contacto com os familiares e amigos, que assistiram ao desembarque de longe.
Os militares que fizeram o cordão de isolamento entre as aeronaves e o autocarro e que acompanharam os repatriados até ao hotel usavam fatos especiais contra uma possível contaminação, apesar de nenhum dos 34 apresentar qualquer sintoma da doença.
No hotel, os repatriados vão ficar em suites individuais ou de casal, de acordo com a situação de cada um, terão seis refeições diárias e acesso livre à internet e telefone. Um parque infantil foi criado na parte externa do hotel mas dentro da área de isolamento para ser usado pelas crianças que vieram com o grupo.
As pessoas vão poder circular livremente pelo hotel, entrar nos quartos uns dos outros e conviver nas áreas comuns, desde que ao sair dos seus quartos usem máscaras e luvas e cumpram alguns procedimentos preventivos de higiene pessoal, mas não poderão receber visitas nesses 18 dias nem ter contacto com pessoas de fora.
Ao longo do isolamento, equipas de médicos do Ministério da Defesa e do Ministério da Saúde, que estão a atuar em conjunto, vão fazer três inspeções por dia a cada um dos repatriados, rastreando o eventual surgimento de algum dos sintomas do coronavírus. Se alguma pessoa apresentar algum desses sintomas será levado e isolado numa outra área da base, preparada para esse caso e com isolamento mais rigoroso.
Se a doença for confirmada o paciente será transferido para o Hospital das Forças Armadas, em Brasília, num helicóptero equipado com as chamadas "Bolhas", equipamentos que isolam totalmente o paciente para evitar a transmissão da doença.
Os 24 membros das tripulações e equipas de apoio que foram à China vão passar por rigorosos exames médicos durante este domingo, para se decidir se também ficarão em isolamento ou se vão retomar a sua rotina normal.
Jair Bolsonaro recusou várias vezes ir buscar os brasileiros que se sentiam em risco em Wuhan, mas depois de um apelo feito pelo grupo na internet no domingo passado, que provocou grande emoção no Brasil, o presidente mudou de ideias e ordenou o resgate, preparado e concretizado em tempo recorde por militares e médicos voluntários.
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