Depois de muita resistência, o ex-marido da futura rainha de Espanha entreabriu a porta dos seus segredos e, numa extensa entrevista para o suplemento de domingo do jornal “El Mundo”, revelou ontem um pouco do que é, e de como tem vivido o noivado de Letizia Ortiz com o príncipe Felipe. Avisa, no entanto, que o seu passado com Letizia continuará privado.
Alonso Guerrero Pérez – “professor, novelista e contista”, como se define – afirma não ter seguido pela TV a transmissão da formalização do noivado, na passada quinta-feira, e quanto ao próximo casamento da sua ex-mulher afirmou apenas: “Só posso dizer que lhes desejo muitas felicidades”.
“Tento manter-me à margem no que respeita a este assunto”, afirmou, salientando que não comentará o seu passado matrimonial com a princesa. Apenas na escola secundária de Madrid onde lecciona – cujo nome e localização pediu para não ser revelado – falou sumariamente sobre o caso com os alunos. E isso, afirma, apenas para preveni-los contra as especulações das revistas “cor-de-rosa”.
“É terrível. Estão a bombardear-me com algo que não me aquece nem arrefece”, afirmou, sobre as pressões de que tem sido alvo desde o anúncio do noivado de Letizia com o príncipe herdeiro, no dia 1.
Homem inteiramente devotado ao ensino da literatura e, sobretudo, à construção da sua própria obra literária, Alonso é, de facto, o exacto contrário de uma estrela mediática. Não gosta de câmaras fotográficas, não gosta de ser importunado pela curiosidade alheia e, sobretudo, não quer que nada perturbe a sua vocação literária.
“Não vou falar da minha vida pessoal, nem agora nem depois e só espero que isto não interfira no futuro da minha obra nem na minha imagem como escritor”, afirmou.
Alonso garante ainda que não será um “novo” Paul Burrell, numa referência ao ex-mordomo de Diana, que está a enriquecer à custa da revelação dos segredos da malograda princesa.
Apesar do assédio da Imprensa, o escritor não pensa mudar a sua vida. “Um amigo ofereceu-me um lugar para onde fugir, mas nem sequer pensei nisso. Não há razão para isso”, afirmou.
Autor de sete romances, cinco deles publicados e aplaudidos pela crítica, embora com discreto sucesso de vendas, Alonso mostra-se incomodado pelo facto de a sua relação com Letizia – com quem viveu seis anos antes de casar-se, casamento esse que durou apenas um ano – ser a razão única que tem feito disparar a sua popularidade como escritor.
“Parece-me triste se for este o motivo que me permita publicar mais”, afirmou, salientando que não pensa escrever sobre a situação que vive agora, não por preconceito ou desejo de discrição, “mas porque não me inspira”, acentuou.
Mas a verdade é que a sua discrição é uma segunda natureza, a tal ponto que Alonso nem sequer referiu, durante a sua entrevista, que no dia 31 de Outubro, um dia antes do anúncio oficial do noivado de Letizia e Filipe, telefonou aos pais para preveni-los contra o assédio jornalístico. Juan Francisco, agricultor reformado, e Dolores, dona de casa, foram avisados para esconder todas as fotografias e vídeos do seu casamento. Nem mesmo o facto de actualmente jornais, televisões e revistas oferecerem entre 50 mil a 600 mil euros por imagens do par fez ainda ceder os pais ou os amigos fiéis do escritor.
Num último esforço para separar a sua obra da sua vida, Alonso negou ainda que o seu romance “El hombre abreviado”, de 1998, o mesmo ano em que se divorciou de Letizia, seja autobiográfico. Mas as coincidências são perturbadoras, pois o livro conta a história de um escritor à beira de separar-se da mulher.
“É pura ficção”, garantiu, “essa obra foi mesmo escrita muito antes da minha separação”, explica.
Mas, quer ele queira ou não, agora vende mais que qualquer outra, pois as pessoas procuram aí o passado “negro”, ou menos radioso, da nova princesa.
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