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Carlos Puigdemont foge para Bruxelas

Líder catalão e cinco membros do governo destituído poderão pedir asilo político.

31 de outubro de 2017 às 09:16

O líder do destituído governo autonómico da Catalunha, Carlos Puigdemont, e cinco membros do seu executivo fugiram para Bruxelas, onde tencionam pedir asilo político para escapar à Justiça espanhola, que ontem os acusou formalmente pelos crimes de rebelião, sedição e desvio de fundos públicos.

Puigdemont e os ex-conselheiros Joaquín Forn (Interior), Meritxell Borràs (Governação), Antoni Comín (Saúde), Dolor Bassa (Trabalho) e Meritxell Serret (Agricultura), passaram a fronteira entre a Espanha e a França de carro e dirigiram-se a Marselha, onde apanharam um avião destinado à capital belga.

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Carlos Puigdemont foge para Bruxelas

Ontem de manhã, numa manobra de diversão, Puigdemont chegou a publicar no Instagram uma foto do edifício da Generalitat acompanhado pela frase "Bom dia", para fingir que estava a trabalhar normalmente no seu gabinete apesar da destituição do governo.

A fuga do ex-líder da Generalitat ocorreu horas antes do procurador-geral espanhol, José Maza, ter formalizado junto do Supremo Tribunal e da Audiência Nacional uma queixa por rebelião, sedição e desvio de fundos públicos contra todos os membros do governo catalão destituído e contra a presidente do Parlamento Autonómico, Carme Forcadel, e os membros da Mesa que autorizaram a votação da declaração de independência.

Partidos separatistas vão às eleições

O Partido Democrático da Catalunha (PDdeCAT) e a Esquerda Republicana (ERC), que formam a coligação independentista Juntos Pelo Sim, confirmaram ontem que se vão apresentar às eleições autonómicas de 21 de dezembro, convocadas pelo primeiro-ministro espanhol Mariano Rajoy ao abrigo do Artigo 155, que exonerou o governo da Catalunha e suspendeu a autonomia da região.

Não se sabe ainda se concorrerão em conjunto.

PORMENORES 

Contrata advogado

Um proeminente advogado belga que já defendeu terroristas da ETA, Paul Bekaert, confirmou ter estado reunido ontem à tarde com Puigdemont em Bruxelas e ter sido contratado para o defender. Governo belga diz não ter qualquer informação oficial sobre a presença do ex-presidente da Generalitat.

Forcadel acata dissolução

A presidente do parlamento da Catalunha, Carme Forcadel, cancelou as reuniões previstas para esta semana "devido à dissolução" deste órgão, obedecendo às ordens de Madrid.

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