Memorando divulgado esta sexta-feira proíbe os jornalistas de acederem à Sala 140, também conhecida como "Sala de Imprensa Superior", sem agendamento prévio.
A Casa Branca anunciou esta sexta-feira que vai restringir o acesso de jornalistas acreditados aos gabinetes da secretária de imprensa Karoline Leavitt e de outros altos funcionários.
Um memorando do Conselho de Segurança Nacional norte-americano divulgado esta sexta-feira proíbe os jornalistas de acederem à Sala 140, também conhecida como "Sala de Imprensa Superior", sem agendamento prévio, alegando a necessidade de proteger material potencialmente sensível.
"Como resultado das recentes mudanças estruturais no Conselho de Segurança Nacional, a Casa Branca é agora responsável por dirigir todas as comunicações, incluindo em assuntos de segurança nacional", refere o documento.
"Nesta função, os membros da equipa de comunicação da Casa Branca lidam rotineiramente com material sensível", justifica.
O memorando refere que a mudança entra em vigor imediatamente.
A zona em causa situa-se perto da Sala Oval da Casa Branca, usada pelo Presidente Donald Trump.
A área alberga os gabinetes da secretária de imprensa e da equipa de comunicação, e os repórteres têm gozado de permissão para circular.
Normalmente, os correspondentes das estações de televisão aguardam na zona para falar com a secretária de imprensa.
Sob liderança de Donald Trump, a Casa Branca tem introduzido mudanças significativas nas relações com a imprensa acreditada.
Retirando o papel tradicional da Associação de Correspondentes da Casa Branca, a Casa Branca assumiu o controlo da decisão sobre que repórteres e órgãos de comunicação social estão incluídos no corpo de imprensa seleto que tem acesso às zonas de trabalho do Presidente e ao avião presidencial, o Air Force One.
Tem vindo também a dar acreditações e zonas de trabalho, de forma rotativa, a "novos media" como sites noticiosos conservadores - The Daily Wire, The Epoch Times, The American Conservative, National Review e comentadores independentes como John Fredericks - e ainda podcasts - "Semafor", "Breaking Points" - além de influenciadores das redes sociais, como Tim Pool (Timcast).
Os canais digitais com acesso à Casa Branca incluem a NewsNation, EWTN (uma cadeia católica), Fox Business e Real America's Voice, tendencialmente pró-Trump.
Paralelamente, alguns dos media históricos têm tido relações tensas com a Casa Branca.
Trump já processou vários canais de televisão e, mais recentemente, o The New York Times e o Wall Street Journal, pela sua cobertura do caso do pedófilo condenado Jeffrey Epstein, de quem o Presidente foi próximo durante décadas.
A agência Associated Press (AP) perdeu o acesso a eventos restritos da Casa Branca, nomeadamente na Sala Oval e no Air Force One, apesar de manter credenciais gerais para conferências de imprensa.
Na origem do conflito com a Casa Branca está o facto de a AP ter recusado passar a referir-se ao Golfo do México como "Golfo da América", designação introduzida oficialmente por Trump.
A AP processou a Casa Branca, argumentando que a restrição é inconstitucional à luz da Primeira Emenda, que protege contra a discriminação de pontos de vista e de tentativas do governo de ditar a linguagem utilizada pela imprensa.
A disputa legal continua, com a Casa Branca a defender o seu direito de escolher quais os jornalistas que acompanham o Presidente em ambientes de acesso restrito.
No Pentágono, mais de 30 órgãos de comunicação social, incluindo AP, Reuters, CNN, The New York Times, The Wall Street Journal e Fox News, devolveram recentemente as suas credenciais porque recusaram novas restrições, incluindo à publicação de informação "não autorizada" previamente.
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