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Casa de homem-bomba que tentou explodir o Supremo Tribunal incendiada. Ex-mulher gravemente ferida

Daiane Dias deu entrada em estado muito grave no Hospital Regional do Alto Vale, com queimaduras de terceiro grau em 100% do corpo.

17 de novembro de 2024 às 16:03

Um incêndio ainda sob investigação destruiu este domingo a residência de Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, o homem-bomba que, na noite de quarta-feira, tentou entrar no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, com explosivos presos ao corpo, com os quais pretendia mandar pelos ares o edifício, e se fez explodir ao ser impedido pelos seguranças do órgão. A ex-mulher de Francisco, Daiane Dias, que estava na residência, ficou gravemente ferida e, às 12h30 locais, 15h30 em Lisboa, lutava pela vida no hospital.

Os bombeiros de Rio do Sul, cidade de 73 mil habitantes no interior do estado de Santa Catarina, no sul do Brasil, foram chamados às 6h57 da manhã, mas, ao chegarem ao local, já pouco puderam fazer, dada a violência das labaredas, que consumiram o imóvel onde o homem-bomba vivia. A ex-mulher dele, que, não obstante a separação do casal, continuava a viver na casa, foi retirada das chamas por populares antes da chegada dos bombeiros e deu entrada em estado muito grave no Hospital Regional do Alto Vale, com queimaduras de terceiro grau em 100% do corpo.

Até às 12h30, a polícia continuava no local, um conjunto de três imóveis de propriedade de Francisco, sendo duas residências e uma oficina de chaveiro onde ele trabalhava meses antes de ir viver em Brasília para preparar o atentado. As autoridades locais preferiram não avançar se o incêndio foi acidental ou provocado, nem por que razão a ex-mulher do homem-bomba não fugiu e se salvou quando as chamas começaram.

Após a morte do ex-marido, que se suicidou com os explosivos com que pretendia explodir o tribunal e matar o maior número possível de juízes, Daiane passou a colaborar com a justiça nas investigações sobre o atentado. Foi ela quem contou à Polícia Federal que o ex-marido planeava, desde 2022, após o então presidente Jair Bolsonaro perder a reeleição para Lula da Silva, matar os juízes da mais alta instância da justiça brasileira, principalmente Alexandre de Moraes, o magistrado que comanda os processos contra Bolsonaro e o tornou inelegível até 2030.

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