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China critica ameaças de Trump e pede diálogo baseado no respeito mútuo

"Os EUA não só não refletiram sobre os seus próprios erros, como continuam a ameaçar com tarifas elevadas", declarou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Lin Jian.

13 de outubro de 2025 às 11:10

O Governo chinês avisou esta segunda-feira que as ameaças do Presidente norte-americano, Donald Trump, de impor tarifas de 100% sobre produtos chineses "não são a forma correta de lidar com a China".

"Os Estados Unidos não só não refletiram sobre os seus próprios erros, como continuam a ameaçar com tarifas elevadas", declarou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros Lin Jian, em conferência de imprensa.

O diplomata acusou Washington de "impor uma série de restrições e sanções que prejudicaram gravemente os interesses da China" e apelou a que os Estados Unidos "corrijam as suas práticas erradas o mais rapidamente possível".

Lin expressou ainda a esperança de que "as preocupações possam ser resolvidas através de um diálogo baseado na igualdade, no respeito mútuo e no benefício recíproco", defendendo uma gestão "adequada das diferenças" e o desenvolvimento "estável, saudável e sustentável" das relações bilaterais.

Na quinta-feira, Pequim intensificou o seu confronto comercial com Washington ao anunciar novos controlos à exportação de materiais estratégicos utilizados na indústria tecnológica, poucas semanas antes de uma possível reunião entre Trump e o Presidente chinês, Xi Jinping.

As restrições incidem novamente sobre as chamadas terras raras -- elementos essenciais para a produção de veículos elétricos, ecrãs táteis e painéis solares -- e que se tornaram, há mais de meio ano, um dos principais focos da disputa entre as duas potências.

Com o argumento de "salvaguardar os interesses e a segurança nacional", o Ministério do Comércio da China impôs controlos adicionais sobre tecnologias associadas às terras raras e restringiu a exportação de cinco novos elementos: hólmio, érbio, túlio, európio e itérbio.

Em resposta às novas medidas, Trump ameaçou aplicar tarifas adicionais de 100% sobre produtos chineses e reforçar os controlos à exportação de tecnologia. Pequim reiterou, contudo, a sua posição face à guerra comercial: "Não a queremos, mas também não a tememos", frisou a diplomacia chinesa.

O Governo chinês acusou ainda Washington de "abusar do conceito de segurança nacional" ao aplicar controlos de exportação discriminatórios, sobretudo no setor dos semicondutores e da tecnologia de fabrico de 'chips'.

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