Snopes disse que identificou 140 histórias com possíveis problemas, incluindo 54 que incluíam material apropriado.
O cofundador e presidente executivo do 'site' de 'fact-checking' Snopes.com reconheceu ter plagiado dezenas de artigos de vários media ao longo de anos, definindo estas apropriações de "sérios lapsos de julgamento".
De 2015 a 2019 - e provavelmente até antes - David Mikkelson incluiu material retirado do Los Angeles Times, The Guardin e de outros para aumentar o tráfego na Internet, de acordo com o BuzzFeed Nes, que revelou a história na sexta-feira.
Mikkelson usou o seu próprio nome, uma assinatura genérica do Snopes e um pseudónimo quando retirou o material, incluindo frases isoladas e parágrafos inteiros sobre temas como casamento entre pessoas do mesmo sexo e a morte de David Bowie, sem citar as fontes, afirmam o BuzzFeed e o Snopes.
Foi suspenso da produção editorial até conclusão de uma revisão interna, mas continua como presidente executivo (CEO) e com 50% da empresa, de acordo com uma declaração da administração do Snopes.
"Sejamos claros: o plágio prejudica a nossa missão e valores, ponto final. Não tem lugar em qualquer contexto dentro desta organização", refere o Snopes, em comunicado.
Num outro comunicado, oito escritores atuais do Snopes condenam as ações de Mikkelson, enquanto antigos colaboradores disseram ao BuzzFeed que ele encorajava, de forma rotineira, a prática como uma forma de fazer o Snopes parecer mais rápido do que realmente era.
Mikkelson não respondeu ao 'mail' enviado pela Associated Press (AP) a pedir um comentário sobre o assunto este sábado, mas disse ao BuzzFeed que o seu comportamento foi devido à falta de experiência formal em jornalismo.
"Não tenho formação em jornalismo", começou por justificar Mikkelson.
"Não estava habituado a agregar notícias. Várias vezes cruzei a linha" de violação de direitos de autor, admitiu.
Criado em 1994 sob um nome diferente por Mikkelson e a sua mulher na altura, Barbara Hamel, Snopes ganhou dois Webby Awards e serviu como um dos parceiros de 'fact-checking' [verificação de factos] do Facebook entre dezembro de 2016 e fevereiro de 2019, refere o BuzzFedd News.
Recentemente, o 'site' tem sido foco de uma contenciosa batalha de propriedade entre Mikkelson e a empresa que comprou a parte acionista de Hamel.
O BuzzFeed News sinalizou histórias de vários media onde se incluem The New York Times, CNN, NBC News e BBC.
Seis foram publicados originalmente sob o pseudónimo de Jeff Zarronandia, três sob o nome de Mikkelson e o restante como "equipa Snopes".
Por sua vez, o Snopes disse que identificou 140 histórias com possíveis problemas, incluindo 54 que incluíam material apropriado.
Também foi citado material da AP, mas as histórias não foram especificadas.
Em comunicado, a administração do 'site' adiantou que estava a registar conteúdo não atribuído e que uma nota do editor será usada para sublinhar os problemas e criar uma ligação para as fontes originais.
"Estamos no processo de arquivar e retirar todas as histórias ofensivas, juntamente com a desativação de quaisquer medidas de monetização nessas publicações", refere o Snopes, que promete contactar todas as marcas de media envolvidas na apropriação indevida das notícias para pedir desculpas.
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