Governo da Catalunha pede "mediação internacional" e exige saída de polícias espanhóis.
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A Comissão Europeia disse esta segunda-feira que a "violência nunca pode ser um instrumento na política", reiterando que o referendo de domingo, na Catalunha, foi "ilegal" ao abrigo da Constituição espanhola.
"A violência nunca pode ser um instrumento na política", disse o porta-voz da Comissão, Margaritis Schinas, na habitual conferência de imprensa diária.
"Para a Comissão Europeia, como o presidente (Jean-Claude) Juncker reiterou repetidamente, este é um assunto interno de Espanha e deve lidado em linha com a Constituição", disse ainda, anunciando que o líder do executivo comunitário vai falar hoje com o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy.
A Comissão apelou ainda ao Governo espanhol e aos independentistas catalães que "passem rapidamente da confrontação ao diálogo".
Bruxelas manifestou-se ainda confiante de que Rajoy será capaz de "gerir este difícil processo no respeito absoluto pela Constituição espanhola e pelos direitos fundamentais dos cidadãos", adiantou Shinas.
O referendo de domingo sobre a independência da Catalunha foi marcado pela intervenção da polícia espanhola, que tentou encerrar da parte da manhã alguns centros eleitorais, numa ação que teve momentos muito violentos, que passaram nas televisões de todo o mundo.
O governo regional (Generalitat) anunciou na madrugada de segunda-feira que 90% dos catalães votaram a favor da independência no referendo, tendo exercido o direito de voto 42 por cento dos 5,3 milhões de eleitores.
A consulta popular foi marcada pela Generalitat, dominada pelos separatistas, tendo o Estado espanhol, nomeadamente o Tribunal Constitucional, declarado que a consulta era ilegal.
Catalunha pede "mediação internacional"
O presidente do governo regional da Catalunha, Carles Puigdemont, insistiu esta segunda-feira no pedido de uma "mediação internacional" para o conflito catalão e exigiu a "retirada de todos os efetivos policiais" enviados para a região para impedir o referendo independentista.
Após uma reunião extraordinária do executivo catalão convocada na sequência dos acontecimentos ocorridos este domingo na Catalunha, em que, segundo a Genaralitat, 893 pessoas foram feridas nas cargas policiais, Puigdemont denunciou os "graves atos de violência" protagonizados por "comandos de medo" da Polícia Nacional e da Guardia Civil deslocadas para todo o território da Catalunha.
O governante catalão considerou que a mediação internacional pode ter origem em distintos fóruns especializados na resolução de conflitos, mas considerou evidente que a União Europeia "deve apadrinhar" este processo.
Para Puigdemont, a UE tem de "deixar de olhar para o outro lado" perante o que disse serem as "violações" da carta europeia de direitos fundamentais, alegando que a questão já não é apenas um assunto interno, mas "um assunto europeu".
Presidente da Câmara de Barcelona desaconselha declaração de independência
A presidente da câmara de Barcelona, Ada Colau, advertiu esta segunda-feira o governo regional catalão de que uma eventual declaração unilateral de independência "não é a melhor via" para resolver a situação da Catalunha, mas antes uma "resposta inclusiva".
Em declarações à Radio Catalunha, Colau afirmou que uma declaração de independência "não é a melhor via" nem "a melhor resposta" à situação da Catalunha, que é "muito grave".
O referendo de domingo, que tinha sido suspenso pelo Tribunal Constitucional, não se realizou "com garantias", disse.
Colau apelou por isso à prudência e pediu "unidade de ação" para uma resposta "o mais inclusiva possível".
A presidente da câmara disse-se ainda "desiludida" com a reação "tíbia" do líder do Partido Socialista, Pedro Sánchez, face à atuação "absolutamente indignante" das forças de segurança no dia do referendo.
O governo regional da Catalunha (Generalitat) anunciou que 90% dos catalães votaram a favor da independência no referendo, tendo votado apenas 42 por centos dos 5,3 milhões eleitores.
O referendo foi marcado pela Generalitat dominada pelos separatistas e boicotado por todos os partidos e movimentos que não querem a separação de Espanha.
O Estado espanhol, nomeadamente o Tribunal Constitucional, declarou ilegal a consulta.
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