Vacinas desenvolvidas pela Pfizer, Moderna e Universidade de Oxford aguardam aprovação.
Em pouco mais de 10 meses são cerca de 175 as vacinas contra a Covid-19 que estão a ser desenvolvidas um pouco por todo o mundo, ainda que nenhuma tenha sido aprovada para comercialização e apenas uma dezena de projetos esteja na última fase dos ensaios clínicos.
Para já, perto da aprovação estão apenas três, desenvolvidas pela Pfizer, Moderna e Universidade de Oxford. Qualquer uma se revelou prometedora e eficaz, mas não podiam ser mais diferentes.
As diferenças começam logo no funcionamento, ainda que as vacinas da Pfizer e da Moderna apresentem vários pontos em comum. Ambas as vacinas utilizam uma técnica que codifica uma molécula de RNA (ácido ribonucleico) que é encapsulada em uma membrana para que possa entrar nas células.
Quanto à dosagem, estas duas vacinas exigem uma aplicação de duas doses (intervalo de 28 dias entre cada uma), ainda que a vacina da Moderna seja composta por 100 microgramas de RNA por dose e a da Pfizer contar apenas com 30 microgramas.
Por outro lado, a vacina da Universidade de Oxford, desenvolvida em parceria com a AstraZeneca, utiliza uma tecnologia que tem por base o ácido desoxirribonucleico (DNA), com genes inativados de adenovírus. Quanto à aplicação, e apesar de ainda não ter sido confirmada pelos investigadores, também deverá obrigar à aplicação de duas doses.
Outra das grandes diferenças entre as três vacinas é a temperatura de armazenamento, o que poderá condicionar a sua escolha por parte de alguns países.
A vacina da Pfizer é a que obriga a maiores cuidados, já que precisa de ser armazenada a uma temperatura de menos 80 graus. Por outro lado, a vacina da Moderna pode ser mantida em temperatura de congelamento e ficar durante 30 dias a uma temperatura entre dois a oito graus.
Muito menos exigentes são os cuidados a ter com a vacina da AstraZeneca e da Universidade de Oxford, que de acordo com os investigadores que a desenvolveram, pode ser conservada a uma temperatura entre os dois e oito graus durante um período de seis meses. Em teoria, esta característica pode fazer com que esta vacina possa ser mais facilmente transportada para qualquer parte do mundo.
Por fim, também o preço e a capacidade de produção entre as três vacinas varia bastante. Neste capítulo, a proposta da AstraZeneca e da Universidade de Oxford volta a levar vantagem, já que a capacidade de produção anunciada é de até três mil milhões de doses em 2021, a cerca de três euros a dose.
Quanto à Pfizer, cuja vacina deverá ter um custo a rondar os 15 euros por dose, já garantiu uma produção de 50 milhões de doses até ao final deste ano e prevê a produção de 1,3 mil milhões de doses para 2021.
A vacina da Moderna, com um preço que pode chegar aos 21 euros por dose, será a mais cara das três e também a que terá menos quantidade de doses disponíveis no imediato: estão previstas 20 milhões de doses ainda este ano e entre 500 a mil milhões de doses para 2021.
Recorde-se que a Agência Europeia de Medicamentos, que analisa os pedidos de aprovação destas três vacinas, já fez saber que poderá aprovar as primeiras vacinas contra a Covid-19 ainda este ano.
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