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Concerto é interrompido em São Paulo após banda exibir a bandeira da Palestina

Ordem para interromper a apresentação foi dada pela Secretaria Municipal de Cultura, organizadora do evento comemorativo da Semana do Rock.

13 de julho de 2025 às 17:51

Num episódio que causou enorme polémica e acusações de intolerância e censura, um show da banda “Sophia Chablau E Uma Enorme Perda de Tempo” numa praça no centro da cidade de São Paulo foi bruscamente interrompido após o grupo exibir num ecrã gigante a bandeira da Palestina. A ordem para interromper a apresentação foi dada pela Secretaria Municipal de Cultura, organizadora do evento, comemorativo da Semana do Rock, que espalhou apresentações gratuitas de bandas pelo centro da cidade.

O concerto acontecia no Largo do Patriarca, ao final do famoso Viaduto do Chá, um dos principais pontos históricos da maior cidade do Brasil, e tudo corria bem até à exibição da bandeira da Palestina e da frase “Palestina Livre". A banda, que tem um reportório bastante político, costuma exibir a bandeira da Palestina nos seus shows, até em eventos internacionais, daí a surpresa com a decisão da edilidade, comandada pelo prefeito (presidente de câmara) Ricardo Nunes, que em 2024 se aliou ao ex-presidente Jair Bolsonaro para conseguir ser reeleito nas municipais desse ano.Assim que a bandeira e a frase tomaram conta do ecrã erguido na praça, o equipamento foi desligado pelos técnicos municipais, e um representante da edilidade foi falar com representantes da banda e exigir a retirada imediata do símbolo. A banda recusou, e em seguida, enquanto Sophia reclamava ao microfone, o som também foi desligado e o responsável da Secretaria Municipal da Cultura cancelou o restante da apresentação do grupo.

Assim que a bandeira e a frase tomaram conta do ecrã erguido na praça, o equipamento foi desligado pelos técnicos municipais, e um representante da edilidade foi falar com representantes da banda e exigir a retirada imediata do símbolo. A banda recusou, e em seguida, enquanto Sophia reclamava ao microfone, o som também foi desligado e o responsável da Secretaria Municipal da Cultura cancelou o restante da apresentação do grupo.

A banda emitiu posteriormente um comunicado acusando a edilidade de intolerância e de censura, e vincando que no contrato não havia qualquer cláusula que impedisse a projeção da imagem da bandeira palestiniana, um marco habitual e conhecido do grupo. A edilidade de São Paulo é dominada atualmente por políticos ligados à direita e extrema-direita, e o autarca, Ricardo Nunes, numa marcha do movimento evangélico realizada em Junho na zona norte da cidade desfilou com uma bandeira de Israel na mão.

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