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Extrema-direita à procura de maioria absoluta na segunda volta das eleições em França

Prevê-se cenário de impasse e instabilidade.

07 de julho de 2024 às 01:30
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Extrema-direita à procura de maioria absoluta na segunda volta das eleições em França

Conseguirá a extrema-direita alcançar a maioria absoluta na segunda volta das eleições legislativas francesas? Esta é a grande questão que se coloca aos cerca de 50 milhões de eleitores que voltam este domingo a ser chamados às urnas, uma semana depois da realização da primeira volta, em que os ultranacionalistas alcançaram uma vitória histórica, sendo a força mais votada em quase 300 dos 577 círculos eleitorais.

Para impedir a União Nacional (RN) de chegar ao poder, a Nova Frente Popular, formada por partidos da esquerda e extrema-esquerda, uniu-se aos centristas do Renascimento, do Presidente Macron, cerrando fileiras em torno do candidato mais capaz de derrotar o concorrente da extrema-direita.

Mas a frente anti-RN pode não ser suficiente para travar a maioria absoluta do partido de Marine Le Pen e Bardella, por dois motivos: primeiro, não é seguro que haja uma transferência de votos dos centristas para a esquerda, haverá quem prefira o candidato da RN ao da Nova Frente Popular, que junta verdes, socialistas, comunistas e forças de extrema-esquerda. Depois, há que contar com a abstenção, previsivelmente mais elevada, com eleitores a não se identificarem com nenhum dos candidatos em confronto - só passaram à segunda volta os dois candidatos mais votados e quem obteve 12,5%, sendo que, com as mais de 200 desistências, na maioria dos círculos a disputa será a dois.

Mas, independentemente do resultado que sair das eleições de hoje, a França arrisca-se a ficar num impasse político ou em grande instabilidade. Se a extrema-direita vencer, não será fácil a coabitação entre Macron e Bardella. Caso não se confirme a vitória da extrema-direita ou esta não consiga reunir os apoios necessários para formar Governo, também não é claro quem poderá liderar, à esquerda, um Executivo que garanta uma maioria absoluta estável, dadas as diferenças que existem nos partidos que compõem a Frente Popular.

Conseguirá a extrema-direita alcançar a maioria absoluta na segunda volta das eleições legislativas francesas? Esta é a grande questão que se coloca aos cerca de 50 milhões de eleitores que voltam este domingo a ser chamados às urnas, uma semana depois da realização da primeira volta, em que os ultranacionalistas alcançaram uma vitória histórica, sendo a força mais votada em quase 300 dos 577 círculos eleitorais.

Para impedir a União Nacional (RN) de chegar ao poder, a Nova Frente Popular, formada por partidos da esquerda e extrema-esquerda, uniu-se aos centristas do Renascimento, do Presidente Macron, cerrando fileiras em torno do candidato mais capaz de derrotar o concorrente da extrema-direita.

Mas a frente anti-RN pode não ser suficiente para travar a maioria absoluta do partido de Marine Le Pen e Bardella, por dois motivos: primeiro, não é seguro que haja uma transferência de votos dos centristas para a esquerda, haverá quem prefira o candidato da RN ao da Nova Frente Popular, que junta verdes, socialistas, comunistas e forças de extrema-esquerda. Depois, há que contar com a abstenção, previsivelmente mais elevada, com eleitores a não se identificarem com nenhum dos candidatos em confronto - só passaram à segunda volta os dois candidatos mais votados e quem obteve 12,5%, sendo que, com as mais de 200 desistências, na maioria dos círculos a disputa será a dois.

Mas, independentemente do resultado que sair das eleições de hoje, a França arrisca-se a ficar num impasse político ou em grande instabilidade. Se a extrema-direita vencer, não será fácil a coabitação entre Macron e Bardella. Caso não se confirme a vitória da extrema-direita ou esta não consiga reunir os apoios necessários para formar Governo, também não é claro quem poderá liderar, à esquerda, um Executivo que garanta uma maioria absoluta estável, dadas as diferenças que existem nos partidos que compõem a Frente Popular.

Protagonistas

Filho único de imigrantes italianos, nasceu em 1995 nos subúrbios de Paris. Os pais separaram-se quando tinha um ano e meio. Aluno de Geografia na Sorbonne, abandonou a faculdade no 3.º ano para se dedicar à política. Estrela do TikTok, foi eleito presidente da RN em 2023, sucedendo a Marine Le Pen.

O primeiro-ministro francês nasceu em 1989, na região de Paris, no seio de uma família de classe alta. Tem três irmãs e é homossexual assumido. Formado no Instituto de Estudos Políticos de Paris, aderiu ao PS em 2006. Seis anos depois, em 2012, entrou para o Em Marcha, de Macron, hoje Renascimento.

Casado e pai de quatro filhos, o primeiro secretário do PS e rosto da Nova Frente Popular destas legislativas nasceu em agosto de 1968, em La Tronche. Filho de um funcionário público e de uma enfermeira, de origem vietnamita, trabalhou no Ministério do Emprego, foi vice-diretor do gabinete de François Hollande e deputado.E TAMBÉM30 mil políciasMais de 30 mil polícias estarão este domingo nas ruas das principais cidades francesas para evitar confrontos após serem conhecidos os resultados eleitorais. "Queremos garantir que a direita radical e a esquerda radical não aproveitem a situação para causar o caos", afirmou o ministro do Interior francês, Gérald Darmanin.Um ano sem eleiçõesSó poderá haver novas legislativas daqui a um ano, diz a Constituição. As eleições deste domingo foram convocadas por Macron face aos resultados das europeias.

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