Deslizamento de terras destruiu várias habitações na aldeia de Blatten.
O desmoronamento de um glaciar na Suíça, na semana passada, é uma catástrofe "sem precedentes", com prejuízos que podem ascender a "várias centenas de milhões de francos", alertou esta segunda-feira a Associação de Seguros Suíça.
O deslizamento de terras no glaciar Birch, no vale de Lotschental, destruiu várias habitações na aldeia de Blatten e, de momento, ainda não é possível dar uma "estimativa exata da extensão dos danos", indicou, em comunicado, a Associação de Seguros Suíça (SIA, na sigla em inglês), uma organização que representa as companhias de seguros suíças.
No entanto, Eduard Held, especialista em danos naturais, previu já "um prejuízo de várias centenas de milhões de francos suíços", acrescentou a mesma nota.
Esta é uma "catástrofe de grandes proporções, praticamente sem precedentes em termos de dimensão e de impacto sobre a população afetada", referiu.
Depois do desmoronamento, um lago artificial formou-se ao lado de milhões de toneladas de escombros de rocha e gelo, engolindo as poucas casas ainda de pé.
A queda de milhões de metros cúbicos de rocha sobre o glaciar levou as autoridades suíças a vigiarem muito atentamente o lago artificial, com receio de que a barragem formada pelos escombros se rompesse e inundasse o vale abaixo.
Os milhões de toneladas de rocha e de gelo formaram uma barragem natural que bloqueou o rio Lonza, que atravessava a aldeia, durante mais de dois quilómetros, contudo, as autoridades suíças repararam que a água do lago artificial estava a começar a sair.
Embora o desmoronamento deste glaciar tenha suscitado fortes emoções na Suíça, "as seguradoras prometem uma assistência diligente" às pessoas afetadas, acrescentou a SIA.
A polícia do cantão de Valais recomeçou durante o dia, pelas 12:30 (10:30 em Portugal) as buscas por um homem de 64 anos ainda dado como desaparecido.
Especialistas de unidades especiais foram levados por via aérea para o local.
A secretária-geral da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Celeste Saulo, afirmou que este desastre é "um aviso sério sobre o aquecimento global", sublinhando que, no entanto, "por detrás do choque, há uma mensagem de esperança".
"Uma ação rápida permitiu evitar a perda de vidas", acrescentou Saulo, durante uma reunião em Genebra.
A Presidente suíça, Karin Keller-Sutter, expressou através da rede social X solidariedade com os habitantes que perderam as casas em Blatten.
Situada a mais de 1.500 metros de altitude, a aldeia de Blatten tinha vista para o vale de Lotschental, no sul da Suíça.
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