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Dezasseis crianças morrem durante sesta após edifício da creche colapsar no sismo em Myanmar

Mais de 1700 mortos confirmados e cerca de 300 desaparecidos. Novo sismo com magnitude 5.1 volta a abalar Myanmar.

31 de março de 2025 às 01:30

Dezasseis crianças, entre os dois e os quatro anos, e uma professora morreram durante a sesta após o edifício da creche ter colapsado após o sismo, em Kyaukse, no Sul de Mandalay, em Myanmar. Durante várias horas, as equipas de resgate procuraram por sobreviventes nos destroços, tendo resgatado 12 crianças com vida e ainda quatro professores.

Uma grávida, de 35 anos, que passou dois dias presa nos escombros de um bloco de apartamentos em Mandalay, morreu pouco depois de ter sido resgatada. “Tentámos tudo para a salvar”, lamentou um dos elementos da equipa médica.

O número de mortos aumenta a cada dia. O último balanço dá conta de que morreram pelo menos 1700 pessoas, mais de 3400 ficaram feridas e cerca de 300 estão desaparecidas.

No entanto, no meio da tragédia há sempre histórias de esperança. Uma idosa foi resgatada com vida este domingo, depois de ter estado presa nos escombros durante 36 horas.

Enquanto, as equipas de resgate procuram por sobreviventes e a população recupera do susto, um novo sismo foi sentido este domingo em Myanmar, com uma magnitude de 5.1 na escala de Richter. Segundo o Serviço Geológico dos EUA, o tremor teve o epicentro a 28 quilómetros a noroeste da cidade da Mandalay, não havendo registo de vítimas ou danos até ao momento.

Já na Tailândia, o último balanço é de pelo menos 18 mortos, 33 feridos e 78 desaparecidos. A maioria das mortes ocorreu após o desabamento de um edifício em construção em Banguecoque.

Os 78 desaparecidos são pessoas que se julga estarem presas nos escombros da torre de 30 andares que ruiu em Chatuchak.

Energia equivalente a 334 bombas atómicas

O sismo de magnitude 7.7 na escala de Richter que atingiu Myanmar na sexta-feira libertou uma energia equivalente a mais de 330 explosões de bombas atómicas. “A força que um terramoto como este liberta é de cerca de 334 bombas atómicas”, explicou uma geóloga norte-americana à CNN. Jess Phoenix alertou ainda para o perigo de réplicas que podem vir a registar-se durante vários meses.

Este sismo foi o mais forte a atingir Myanmar em mais de cem anos. Segundo o Serviço Geológico dos EUA, que regista a atividade sísmica em todo o Mundo, desde 1912 que não era sentido um abalo tão forte no país.

Um violento sismo foi também registado domingo no Tonga, de magnitude 7.1 na escala de Richter, ligeiramente inferior ao sentido em Myanmar. O terramoto ocorreu cerca de 100 quilómetros a nordeste da ilha principal e a uma profundidade de 10 quilómetros abaixo do fundo do mar.

Ainda foi emitido um alerta de tsunami, mas depois foi levantado pelo Centro de Alertas de Tsunamis do Pacífico. Tonga fica no chamado Anel de Fogo do Pacífico, uma zona de intensa atividade sísmica, onde tremores de intensidade variável ocorrem diariamente. Em setembro de 2009, pelo menos 189 pessoas morreram em Tonga e Samoa num tsunami causado por dois terramotos simultâneos de magnitude 8 e 8.1.

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