Chefe de Estado reitera promessas de combater corrupção.
Na sua primeira reação às manifestações que domingo levaram dois milhões de pessoas às ruas do Brasil exigindo a sua saída do cargo e a investigação dos escândalos de corrupção envolvendo aliados do governo, como o caso da Petrobras, a presidente Dilma Rousseff lembrou que estes protestos só são possíveis porque ela e outros lutaram pela liberdade de expressão no Brasil. Admitiu, no entanto, que está disposta a dialogar com "todos os setores da sociedade".
"Nunca mais no Brasil nós vamos ver pessoas, ao manifestarem a sua opinião seja contra quem quer que seja, inclusive contra a presidência da República, sofrerem quaisquer consequências. Valeu a pena lutar pela liberdade, valeu a pena lutar pela democracia", afirmou Dilma em Brasília, para depois, com a voz embargada, lembrar: "Muitos da minha geração deram a vida para que o povo pudesse ir às ruas se expressar. Eu, particularmente, tenho a honra de ter participado nos processos da resistência à ditadura e, como outros brasileiros, ter sofrido as consequências dessa resistência para vermos este país livre".
Numa resposta aos que pedem a sua saída, Dilma afirmou que o seu compromisso é governar para os 203 milhões de brasileiros, quer os que votaram nela quer os que não votaram, e garantiu estar aberta, "com humildade" mas também "com firmeza", a dialogar com todos os setores da sociedade. No domingo, numa reação inicial ao protesto histórico que juntou mais de dois milhões de pessoas nas ruas, a presidente já prometera apresentar um grande pacote de medidas contra a corrupção.
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