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Diplomacia da UE debate apoio mais estável para Ucrânia e papel europeu no futuro de Gaza

Ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, participa na reunião liderada pela chefe da diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas.

20 de outubro de 2025 às 07:25

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE reúnem-se esta segunda-feira no Luxemburgo para discutir como reforçar e estabilizar o apoio à Ucrânia, olhando também para o papel que o bloco pode ter no futuro de Gaza.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, participa na reunião liderada pela chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas.

O principal tópico da discussão vai ser o conflito na Ucrânia.

O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Andrii Sybiha, deverá intervir na reunião para pedir ainda mais pressão sobre a Rússia, numa altura em que a UE alega que a economia russa está a sofrer os efeitos das sanções, ainda que Moscovo tenha intensificado os bombardeamentos ao território ucraniano.

Com a aproximação do inverno e a guerra a caminhar para o quarto ano, os países da UE estão a explorar maneiras mais eficazes e rentáveis de apoiar a Ucrânia a longo prazo, depois de caírem por terra as negociações mais recentes para alcançar um cessar-fogo, sob mediação de Washington.

A questão agora é perceber se é possível e de que maneira utilizar os recursos russos que estão imobilizados em países da UE como uma fonte de financiamento mais segura.

No entanto, a questão não é consensual entre os 27 países do bloco político-económico europeu, pelo que este deve ser um dos principais temas da reunião do Conselho Europeu na próxima quinta-feira.

A discussão também será preparatória da reunião de chefes de Estado e de Governo em Bruxelas, que vai incluir as migrações e os problemas no acesso à habitação em praticamente toda a UE.

As tensões no Médio Oriente, nomeadamente a possibilidade de o cessar-fogo entre Israel e o movimento radical Hamas se aguentar, e as relações com os países do Indo-Pacífico também farão parte da discussão.

No que diz respeito à Faixa de Gaza, sendo a primeira reunião ministerial desde que o cessar-fogo entrou em vigor, os ministros vão discutir as maneiras de a UE fazer parte não só da reconstrução, mas também do rumo político que levará o enclave palestiniano, declararam alto funcionários europeus à Lusa.

No entanto, a discussão encontra um problema de fundo que foi a exclusão da UE de todo o processo desde que Washington assumiu a liderança da mediação.

Ainda que tenha havido uma reunião em Paris dias depois do cessar-fogo ter entrado em vigor e de a UE ter estado representada pelo presidente do Conselho Europeu, António Costa, na cimeira no Egito, os Estados-membros receiam não ter lugar à mesa para decidir o futuro de Gaza.

Sobre avançar com sanções a colonos israelitas na Cisjordânia, Kallas mantém a intenção de fazer avançar a proposta, mas há receio de que os Estados-membros que já estavam contra, nomeadamente a Alemanha, deixem de sentir a pressão para alinhar com a maioria dos países da UE para o fazer.

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