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Duas mulheres e um menor entre os oito mortos a tiro após perseguição no Brasil

Oito vítimas mortais tinham assaltado um supermercado em Santa Cruz.

03 de julho de 2019 às 22:40

Oito pessoas, entre elas duas mulheres e um menor, de 17 anos, foram mortas a tiro pela polícia na cidade de Barra de São Miguel, no interior do estado brasileiro da Paraíba, depois de uma perseguição iniciada em Santa Cruz de Capibaribe, no vizinho estado de Pernambuco.

De acordo com a polícia de Pernambuco, as oito vítimas fatais tinham assaltado na segunda-feira um supermercado em Santa Cruz e no início da perseguição houve troca de tiros e um soldado da Polícia Militar foi morto e um sargento foi ferido na cabeça e no peito, estando internado em estado crítico no Hospital Regional de Caruaru.

Segundo a versão oficial das autoridades, a quadrilha fugiu para a vizinha Paraíba, perseguida por agentes deste estado e por uma grande força policial de Pernambuco, apesar de a lei não permitir a ação de corporações de um estado em território do outro. Esta terça-feira, o bando, sempre de acordo com as autoridades, foi localizado escondido numa mata na região rural de Barra de São Miguel e cercado por um grande contingente de polícias dos dois estados em terra, reforçado por helicópteros com atiradores.

Ainda conforme a versão oficial, os oito suspeitos, apesar do gigantesco cerco por terra e ar e de estarem armados apenas com duas pistolas e dois revólveres, decidiram abrir caminho à bala e tentaram fugir. Terá sido na reação ao suposto ataque dos suspeitos que a polícia, armada entre outras com metralhadoras e rifles de alto poder de fogo, mataram as oito vítimas.

A versão divulgada pela Polícia Militar de Pernambuco suscita algumas dúvidas, pois não é comum que suspeitos em enorme inferioridade numérica e tendo apenas poucas e rudimentares armas decidam enfrentar uma grande força policial fortemente armada. Além disso, a versão de que os oito mortos eram criminosos de altíssima periculosidade esbarra no escasso número de armas que tinham e no facto de terem assaltado um supermercado de bairro, detalhes pouco usuais em acções de marginais realmente ligados ao crime organizado, havendo a suspeita de que as vítimas, na verdade, foram executadas pelos agentes como retaliação à morte do colega.

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