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Duas viaturas incendiadas em Maputo após detenções por atos de vandalismo

Segundo a autarquia de Maputo, durante a operação houve "alguma agitação", mas a ordem foi "prontamente reposta" pela polícia no terreno.

07 de agosto de 2025 às 21:46

Um grupo de catadores do lixo incendiou esta quinta-feira duas viaturas na lixeira de Hulene, em Maputo, capital moçambicana, após uma operação policial em que foram detidos alguns suspeitos de envolvimento em "atos de desordem e vandalismo".

"Quando se presumia que a situação estava sob controlo, a força conjunta recebeu informações dando conta de que alguns catadores haviam cercado um camião de recolha de resíduos sólidos, bem como uma pá escavadora, retirando à força os respetivos operadores e, em seguida, incendiando os referidos veículos", lê-se num comunicado do Conselho Municipal da Cidade de Maputo, enviado à comunicação social.

A operação conjunta entre a Polícia da República de Moçambique (PRM) e a polícia municipal ocorreu hoje por volta das 10:00 (09:00 em Lisboa), na área da lixeira de Hulene, a maior a céu aberto do país, e resultou na detenção de "alguns indivíduos", avança-se no documento, sem mencionar o número de detidos.

Segundo a autarquia de Maputo, durante a operação houve "alguma agitação", mas a ordem foi "prontamente reposta" pela polícia no terreno.

"A ação operativa culminou com a detenção de alguns indivíduos identificados como chefes de grupos de catadores, que, desde o período das manifestações, têm protagonizado atos de desordem e vandalismo naquela zona, com destaque para a Avenida Julius Nyerere", refere o município.

No comunicado, o município refere ainda que decorrem operações de busca e captura dos que terão incendiado os carros, para a sua responsabilização.

Moçambique viveu desde as eleições um clima de forte agitação social, com manifestações e paralisações convocadas pelo ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane, que rejeita os resultados eleitorais que deram vitória a Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder.

A pior crise pós-eleitoral foi marcada também por confrontos violentos entre a polícia e os manifestantes, além de vandalizações e saques.

Segundo organizações não-governamentais que acompanham o processo eleitoral, morreram cerca de 400 pessoas em confrontos com a polícia, conflitos que cessaram após dois encontros entre Mondlane e Chapo, com vista à pacificação do país.

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