Mais de 21,3 milhões de cidadãos venezuelanos são chamados a votar para decidir futuro do país.
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Enquanto o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acredita na reeleição para um terceiro mandato, a coligação formada pelos principais partidos da oposição ao governo venezuelano pretende derrubar um regime com 25 anos. Este domingo, mais de 21,3 milhões de cidadãos venezuelanos foram chamados a votar para decidir se vão revalidar o quarto de século de governos autoproclamados socialistas iniciados por Chávez ou tomar um novo rumo face às promessas de "liberdade" e mudança.
A oposição enfrentou vários obstáculos durante a campanha. O principal percalço foi a impossibilidade de a antiga legisladora María Corina Machado se registar como candidata depois de as autoridades judiciais a terem desqualificado durante 15 anos. Devido à situação, Edmundo González Urrutia, que era apenas a opção provisória, tornou-se o candidato oficial do partido, explica a CNN Internacional
Quem é o opositor de Maduro?
Segundo a AP News, Edmundo González estava registado no Conselho Nacional Eleitoral (CNE) uma vez que nem María Corina Machado, vencedora das primárias da oposição em outubro, nem Corina Yoris - que Machado designou como substituta - terem conseguido registar-se.
González trabalhou como diplomata, analista e jornalista, tendo assumindo importantes cargos durante a carreira. Na década de 90, foi diretor da Comissão de Coordenação e Planeamento Estratégico do Ministério dos Negócios Estrangeiros e, em seguida, embaixador da Venezuela na Argélia. Posteriormente, trabalhou como Diretor-Geral de Política Internacional do Ministério dos Negócios Estrangeiros de 1994 a 1998. Mais tarde, regressou às embaixadas com a nomeação do presidente Rafael Caldera.
Quando foi nomeado candidato, González manteve a linha de discurso de María Corina Machado. As suas principais promessas caso vença são reduzir a inflação e melhorar os salários, "para que a moeda não se desvalorize".
Maduro impopular
A crise social e económica foi-se intensificando com a chegada de Nicolás Maduro ao poder. A pobreza, a fome e os custos de saúde aumentarem, o que levou a mais de 7,7 milhões de venezuelanos a emigrarem em busca de melhores condições de vida.
Em 2018, na sequência de uma reeleição de Maduro que os Estados Unidos e outros países consideraram ilegítima, a então administração de Donald Trump impôs sanções ao governo venezuelano, o que apenas aprofundou a crise.
Este conjunto de situações fez com que Maduro perdesse popularidade. Ao contrário das duas eleições anteriores (2013 e 2018), Maduro enfrenta agora o maior desafio do partido no poder desde 1999.
Estas eleições coincidem com o que teria sido o 70º aniversário do ex-presidente Hugo Chávez, o líder histórico que morreu de cancro em 2013, deixando a Maduro as rédeas do que ele chamou de revolução bolivariana. Os venezuelanos terão de escolher entre os rostos no boletim de voto, sendo que o de Maduro é repetido 13 vezes.
Decisão entre Maduro e González
Para além de Nicolás Maduro e Edmundo González na corrida, há ainda oito candidatos à presidência. No entanto, as chances de vitória são remotas. O resultado deverá decidir-se entre Maduro e Urrutia.
A campanha eleitoral decorreu em clima de "tudo ou nada", com Maduro a ameaçar um "banho de sangue" e uma guerra civil caso não consiga um terceiro mandato de seis anos e a oposição a prometer lutar "até ao fim".
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