Está a ser escavado um túnel na vertente da serra para chegar ao local onde está o bebé.
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As buscas pelo pequeno Julen continuam sem descanso desde domingo em Totalán, Málaga, e novos meios técnicos e humanos vão-se somando aos cerca de 100 efetivos da polícia e dos bombeiros já no local. O menino de dois anos e meio caiu num poço de mais de cem metros de fundo e 25 cm de largura quando a família estava reunida na quinta de um tio do menor.
Oito técnicos da brigada de salvamento mineiro de Hunosa, nas Astúrias, foram esta terça-feira transportados para Málaga num avião militar fretado pelo Ministério da Defesa, para prestar apoio na construção de um túnel na vertente do terreno onde se encontra o poço. O objetivo desse túnel é atingir na perpendicular a zona onde se pensa que esteja Julen. A perícia dos técnicos de minas será importante para evitar derrocadas na fase final de escavação do túnel, que terá cerca de 80 metros de comprimento.
Este túnel é agora a principal opção das equipas de resgate, depois de o acesso direto pelo poço de prospeção de água onde caiu a criança ter sido dificultado por um novo obstáculo. A sonda com uma câmara enviada para localizar Julen no poço, encravou a 73 metros na segunda-feira e terça-feira encravou uma vez mais, desta feita a cerca de 80 metros.
A nova zona bloqueada está tapada com terra e pedras possivelmente arrastadas durante a queda da criança. Os esforços para aspirar essa terra a partir da superfície revelaram-se infrutíferos, só se conseguindo avançar cerca de 60 cm.
As autoridades garantem que todos os esforços estão a ser levados a cabo com a maior urgência, partindo do princípio de que o menor está vivo. Mas a verdade é que, tendo em contra a profundidade a que caiu, ninguém sabe se a criança ainda se encontra viva. A esperança da família é que o pequeno Julen esteja numa bolsa de ar que lhe permita respirar.
Além de sete unidades da polícia, há pelo menos seis organismos autárquicos, quatro unidades de bombeiros e da proteção civil e 13 empresas privadas de engenharia, construção civil, minas e montanhismo envolvidas no resgate. A estes apoios somam-se novas ofertas chegadas de todas as regiões de Espanha, que vive uma onda crescente de solidariedade com a família do menor.
Túnel de 80 metros em linha reta
Duas opções descartadas
Pais de Julen vivem uma segunda tragédia
Agora, estão desesperados com o desaparecimento de Julen. Desde domingo, quando o menino de dois anos e meio caiu a um poço, dormem no carro, bem perto do buraco de 100 metros de profundidade por onde desapareceu o filho.
José agradece o trabalho "sem descanso" da polícia e bombeiros e também as mensagens de apoio, mas lembrou ao governo espanhol "que o que faz falta são meios". "As horas passam e o apoio não chega", disse esta terça-feira a uma rádio espanhola.
PORMENORES
Especialistas no terreno
Os oitos elementos da Brigada de Salvamento Mineiro de Hunosa, Astúrias, que esta terça-feira chegaram ao local, são especializados em resgates complicados, em condições de baixa visibilidade, bem como no escoramento de paredes rochosas para evitar deslizamentos de terras. Dada a urgência, foram transportados num avião da Força Aérea espanhola.
Salvadores dos chilenos
Outro apoio importante às operações de resgate vai chegar da Suécia, da empresa Stocholm Precision Tools AB. O nome pode dizer pouco, mas esta foi a empresa que, em agosto de 2010, localizou o ponto exato onde estavam os 33 mineiros chilenos soterrados na mina de San José, a uma profundidade de 700 metros, fator crucial para o sucesso do resgate.
Georradar
As autoridades estão a avaliar a possibilidade de usar um georradar para tentar obter uma imagem mais detalhada da zona onde poderá estar a criança para planear melhor o ângulo de ataque do túnel que está a ser escavado em contrarrelógio.
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