A edição de hoje
Natascha Kampusch, a austríaca que foi raptada quando tinha apenas dez anos e que conseguiu fugir após viver oito anos em cativeiro, vai lançar uma autobiografia em que conta o inferno por que passou. Afirma que chegou a ser espancada 200 vezes por semana e que foi obrigada a dormir algemada ao seu sequestrador, que a tratava por "minha escrava".
No livro, intitulado ‘3096 Dias' - cujos extractos o ‘Daily Mail' publicou -, Kampusch recorda que ia a caminho da escola, numa manhã de Março de 1998, quando um homem parado em frente a uma carrinha branca a agarrou pela cintura e a empurrou para dentro da viatura. "Acho que não gritei, mas devo ter resistido, porque no dia seguinte tinha um olho negro", conta. "Durante o caminho, perguntei-lhe se iria molestar-me. Respondeu-me que era muito nova para isso, que ia entregar-me a umas pessoas numa mata", adianta. Mas algo correu mal, porque chegado ao local não estava ninguém à sua espera e o sequestrador, o engenheiro Wolfgang Priklopil, levou-a para a cave da sua casa, em Strasshof. Espancava-a frequentemente, fê-la passar fome, obrigou-a a mudar de identidade (Babiana), forçou-a a trabalhar seminua e a chamá-lo "Meu Senhor" e teve de dormir algemada a ele. "Não era nada sexual, ele só queria alguém a quem abraçar", diz. Conseguiu fugir em Agosto de 2006, levando Priklopil a suicidar-se.
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