Megaoperação resultou em pelo menos 121 vítimas.
O Presidente brasileiro afirmou hoje que a megaoperação no Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho "não tinha uma ordem de matança", mas de prisão, e que é necessário uma investigação para apurar eventuais falhas.
A dois dias da cimeira de líderes que antecede a Conferência das Nações Unidas para o Clima (COP30) na cidade amazónica de Belém, o chefe de Estado brasileiro, durante uma entrevista com seis agências internacionais, entre as quais a Lusa, Lula da Silva frisou que a decisão do juiz para que autorizou a megaoperação era "uma ordem de prisão".
"Não tinha uma ordem de matança", sublinhou o chefe de Estado brasileiro, defendendo que é necessário averiguar qualquer "tipo de falha ou se tem alguma coisa mais delicada da operação" de 28 de outubro que resultou na morte de pelo menos 121 pessoas.
"O dado concreto é que a operação, do ponto de vista da quantidade de mortes, as pessoas podem considerar um sucesso, mas do ponto de vista da ação do Estado, eu acho que ela foi desastrosa", frisou o chefe de Estado brasileiro.
Lula da Silva reforçou: "vamos ver se a gente consegue fazer essa investigação”, até porque é "é importante ver em que condições se deu" a operação.
Ainda assim, o chefe de Estado brasileiro reforçou que é necessário empenho por parte do Governo Federal e dos estados para “combater a facção [criminosa] e a brutalidade que existe em São Paulo, no Rio de Janeiro e no Brasil”.
“Nós estamos trabalhando de forma muito forte para que a gente possa tentar fazer com que a sociedade possa viver em paz, em muita tranquilidade”, garantiu, recordando que na semana passada promulgou uma lei anti-facção que aumenta as penas de prisão para os membros destas organizações criminosas.
Os complexos de favelas da Penha e do Alemão, situados numa região onde vivem cerca de 200 mil pessoas, foram palco na semana passada da operação policial mais letal já registada no Brasil.
Até agora, o Governo do estado do Rio de Janeiro reconheceu 121 mortos, enquanto, a Defensoria Pública aponta que o número de vítimas mortais chega a 132.
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, e as forças de segurança do estado celebraram publicamente a “bem-sucedida” operação que, segundo estes, teve apenas quatro vítimas, sendo estas os agentes que morreram durante a ação.
A Secretaria de Segurança Pública do estado divulgou um primeiro relatório de identificação dos corpos, no qual afirma que a grande maioria dos 121 mortos tinha antecedentes criminais por delitos graves, como tráfico de droga e homicídio.
Além dos 121 mortos, a polícia informou que 133 pessoas foram detidas e mais de 90 espingardas automáticas apreendidas.
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