Dispositivo luminoso passa a ser obrigatório em Espanha para os veículos com matrícula espanhola.
Os triângulos de sinalização de carros avariados ou acidentes na estrada são substituídos em Espanha a partir de 1 de janeiro por um aparelho luminoso obrigatório para todos os veículos com matrícula espanhola.
Este "dispositivo V-16 ligado será o único meio legal de sinalização de veículos imobilizados a partir de 1 de janeiro de 2026 e substituirá os triângulos", disse a Direção-Geral de Trânsito (DGT) espanhola.
O dispositivo luminoso passa a ser obrigatório em Espanha para os veículos com matrícula espanhola, que têm de os levar no porta-luvas. No caso de matrículas estrangeiras, como as portuguesas, aplicam-se as regras dos respetivos países, segundo a DGT.
Os aparelhos que passam a ser obrigatórios em Espanha devem ser acionados e colocados na parte mais superior possível dos carros (como o tejadilho) ou numa das portas sem que o condutor saia do veículo.
Os dispositivos emitem um sinal luminoso que avisa os outros condutores e emite um sinal, através de um cartão SIM (como os dos telemóveis), que comunica diretamente com a DGT e as forças de segurança, indicando assim a localização do acidente ou do carro avariado.
A mesma informação chega a 'softwares' de navegação, aplicações de trânsito ou painéis eletrónicos colocados nas estradas.
Só depois de acionada e colocada a sinalização luminosa os ocupantes dos carros devem abandonar os veículos, "desde que exista um lugar seguro fora da plataforma de circulação", informou a DGT.
O objetivo é evitar mortes associadas à colocação dos triângulos.
"Todos os anos morrem em Espanha cerca de 25 pessoas atropeladas na estrada que tinham descido do veículo. A nova legislação nasce para evitar estes riscos e reduzir a exposição do condutor ao trânsito", explicou a DGT.
As autoridades espanholas têm sublinhado que os dados que emitem os dispositivos não identificam carros nem pessoas e servem apenas para dar a conhecer a localização do veículo acidentado ou avariado, não sendo necessário descarregar qualquer aplicação nem fornecer dados pessoais para acionar os aparelhos.
Este novo sistema de sinalização em Espanha é pioneiro e não há outro país que o use, com as autoridades espanholas a considerarem que muito provavelmente acabará copiado noutros locais.
"É um salto em frente e situa-nos como referência europeia em segurança rodoviária. Permite sinalizar sem sair do veículo, evita riscos desnecessários e fornece informação vital aos outros utilizadores da via. Os triângulos cumpriram com o seu papel durante 26 anos, mas a evolução tecnológica permite-nos continuar a progredir. O nosso compromisso é reduzir os atropelamentos e proteger quem se encontra em situações de emergência", disse o diretor-geral de Trânsito, Pere Navarro, em declarações recentes a jornalistas.
Os dispositivos de sinalização V-16 passam também a ser válidos, em substituição do triângulo, para carros espanhóis que circulem nos outros países subscritores da designada Convenção de Viena (Convenção sobre Trânsito Rodoviário), como Portugal.
No entanto, fora de Espanha, só servem para aviso a outros condutores e o sinal de geolocalização e comunicação com as autoridades não funciona.
Aos carros espanhóis que a partir de 01 de janeiro não levarem um dispositivo de sinalização V-16 no porta-luvas será aplicada uma multa de 80 euros, igual à estabelecida até agora para a falta de triângulo.
"Estou convencido de que se vai exportar a toda a União [Europeia]", disse o presidente da Associação Espanhola de Automobilistas, Mario Arnaldo, em declarações à televisão RTVE.
Mario Arnaldo lembrou que Espanha foi também pioneira em 1999, quando tornou obrigatórios os triângulos com que agora acaba.
Os novos dispositivos têm merecido, genericamente, o aplauso das entidades e associações ligadas à segurança e ao transporte rodoviário, com as maiores críticas a chegarem das empresas de transporte de mercadorias.
A Confederação Espanhola de Transporte de Mercadorias (CETM) apelou à tolerância das forças de segurança atendendo a problemas de abastecimento com os novos dispositivos provocados pela corrida à compra dos aparelhos.
Segundo dados oficiais, há mais de 30 milhões de veículos com seguro em vigor em Espanha, todos eles obrigados a ter um dispositivo V-16 a partir de quinta-feira.
Cada dispositivo custa entre 25 e 70 euros e a Associação do Transporte Internacional por Estrada (Astic) estimou que o setor em Espanha precisou de mais de 3,8 milhões de euros para se adaptar à nova regra.
Esta associação alertou que, no entanto, em muitos casos, a nova sinalização "não se poderá ver corretamente em cima dos camiões, veículos com uma altura média de quatro metros".
"Mesmo em curvas fechadas e em mudanças de inclinação, a visibilidade dos sinais é duvidosa", acrescentou o vice-presidente da Astic, Ramón Valdivia, em declarações à agência de notícias EFE.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.