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Estudantes portugueses mobilizados para proteger oceanos através de carta à ONU

Programa de mobilização de crianças e jovens portugueses está a ser preparado pelo Oceanário de Lisboa e pela Fundação Oceano Azul.

10 de março de 2025 às 18:18

Os estudantes portugueses vão poder subscrever uma carta aberta à Organização das Nações Unidas (ONU) apelando a compromissos com a proteção de 30% do oceano até 2030, no âmbito de uma iniciativa que envolve vários países do mundo.

Este programa de mobilização de crianças e jovens portugueses está a ser preparado pelo Oceanário de Lisboa e pela Fundação Oceano Azul, no âmbito do 'Mini 30x30 Challenge / A students' wave for the ocean', uma iniciativa global destinada a alunos entre os 4 e os 18 anos que, através de uma carta aberta, transmitam uma mensagem unificada que encoraje os Estados-Membros a proteger os oceanos.

Segundo o Oceanário, esta carta aberta vai ser entregue na 3.ª Conferência dos Oceanos das Nações Unidas (UNOC3), entre 9 e 13 de junho, em França, para que a voz dos estudantes seja também ouvida neste fórum.

Para promover a conservação e utilização sustentável da biodiversidade marinha foi aprovado em março de 2023 o Tratado do Alto-Mar e adotado na ONU em junho desse ano, um compromisso que Portugal assinou, mas ainda não ratificou.

A ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, anunciou na semana passada que Portugal deve ratificar dentro de pouco tempo este tratado, já ratificado por 18 países.

O diploma deve ser apreciado pelo Conselho de Ministros "em breve", segundo a governante, que disse estar "tudo pronto" e encaminhado para que o processo de ratificação seja rápido.

O Tratado do Alto Mar, também conhecido por Acordo sobre Proteção da Biodiversidade Marinha em Áreas para além da Jurisdição Nacional (BBNJ, na sigla inglesa), resultou de quase 20 anos de discussões e tem como objetivo a conservação e utilização sustentável da biodiversidade marinha.

Trata-se de um documento juridicamente vinculativo de proteção das águas internacionais, fora das áreas de jurisdição nacionais, que correspondem a mais de 70% da superfície da Terra, mas cuja entrada em vigor depende da ratificação por pelo menos 60 países, o que pode acontecer na próxima Conferência dos Oceanos em junho em Nice, França.

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