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EUA retomam voos de deportação para a Venezuela no próximo mês

Anúncio surge uma semana depois de o enviado especial de Trump, Richard Grenell, se ter reunido com o Presidente venezuelano, numa reaproximação entre os dois países.

07 de fevereiro de 2025 às 17:12

O Governo norte-americano retomará os voos de deportação para a Venezuela em março, afirmou esta sexta-feira Tom Homan, reconhecido como o "czar das fronteiras", em entrevista ao The New York Times.

"Estes [voos] vão acontecer nos próximos 30 dias, mas não posso dizer quantos. Ainda estamos a trabalhar em todos esses detalhes", disse Homan ao New York Times.

O anúncio de Tom Homan, o nome escolhido pelo Presidente dos Estados Unidos (EUA) para supervisionar a segurança das fronteiras e a deportação de migrantes ilegais, surge uma semana depois de o enviado especial de Trump, Richard Grenell, se ter reunido com o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em Caracas, numa reaproximação entre os dois países, que haviam cortado relações diplomáticas em 2019, durante o primeiro mandato do líder republicano.

O responsável pela política de fronteiras também elogiou as medidas de Donald Trump, que conseguiram com que Maduro voltasse a aceitar os voos com migrantes venezuelanos deportados do território norte-americano.

Donald Trump garantiu no sábado que a Venezuela passará a receber todos os seus cidadãos que forem deportados dos Estados Unidos, incluindo criminosos, horas depois de, em Caracas, as autoridades venezuelanas terem libertado seis cidadãos norte-americanos que estavam detidos em cadeias do país, na sequência da deslocação de Richard Grenell.

Apesar desta aproximação, os Estados Unidos apreenderam na quinta-feira um avião do Governo venezuelano na República Dominicana por alegadas violações das leis de controlo de exportações e sanções de Washington.

O Governo de Maduro descreveu a ação, que foi anunciada pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, durante a sua visita oficial à República Dominicana, como um "roubo flagrante".

A administração de Trump não reconhece a legitimidade do Presidente Maduro, empossado para um novo mandato a 10 de janeiro, apesar da oposição venezuelana e muitos países terem denunciado fraude eleitoral e terem exigido que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) apresente as atas de votação para uma verificação independente.

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