Ghosn diz que se libertou "da injustiça e da perseguição política" no Japão.
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O ex-presidente executivo do grupo Renault-Nissan Carlos Ghosn, que estava em prisão domiciliária no Japão a aguardar julgamento por, entre outros crimes, evasão fiscal, chegou no domingo ao Líbano, confirmou esta terça-feira uma fonte dos serviços de segurança libaneses.
"(Carlos) Ghosn chegou ao aeroporto de Beirute no domingo", indicou, em declarações à agência francesa France-Presse (AFP), a mesma fonte.
A agência francesa refere que a informação foi igualmente confirmada por outro responsável libanês, que indicou que as circunstâncias da saída de Carlos Ghosn, empresário franco-brasileiro de origem libanesa, do território nipónico "não estão claras".
As autoridades japonesas indicaram, entretanto, que estão a investigar esta eventual fuga de Carlos Ghosn, que se encontrava em prisão domiciliária e que deveria ser julgado no decorrer de 2020.
Fontes do Ministério Público nipónico, citadas pela estação pública NHK, referiram que desconheciam tal situação e que estão a tentar confirmar as informações que dão conta de que o empresário viajou para a capital libanesa, Beirute.
Segundo o jornal libanês al-Joumhouriya, Carlos Ghosn terá chegado a Beirute num avião privado proveniente da Turquia.
Carlos Ghosn, antigo 'chairman' (presidente do conselho de administração) e presidente executivo do grupo Nissan e da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, foi detido em Tóquio em 19 de novembro de 2018 por suspeita de abuso de confiança e evasão fiscal.
O empresário, que esteve detido durante vários meses no Japão, seria posteriormente libertado em março de 2019, após o pagamento de uma caução.
Seria novamente preso no início de abril e novamente libertado sob caução, mas sujeito a condições restritas (prisão domiciliária), no final desse mesmo mês.
Os advogados e a família de Carlos Ghosn, de 65 anos, têm criticado fortemente as condições da detenção do empresário, bem como a forma como a justiça nipónica tem gerido os procedimentos deste caso.
Ghosn chegou à Nissan em 1999 como presidente executivo para liderar a recuperação do fabricante, com sede em Yokohama, depois de ter oficializado uma aliança com a francesa Renault.
O principal advogado do ex-presidente da Nissan Carlos Ghosn mostrou-se hoje surpreendido com a saída do empresário do Japão, onde aguardava julgamento sob detenção domiciliária.
"É uma surpresa total. Estou perplexo", disse aos jornalistas Junichiro Hironaka, chefe da equipa de advogados de defesa de Ghosn.
O advogado sublinhou que o último contacto que estabeleceu com Goshn foi em 25 de dezembro, dia de Natal, e que ainda tem os três passaportes do ex-presidente da Nissan, que tem tripla nacionalidade: brasileiro, francês e libanês.
De acordo com fontes oficiais libanesas, citadas pela emissora pública japonesa NHK, Ghosn deixou o arquipélago nipónico com um documento de identidade falso e entrou no aeroporto internacional de Beirute com essa mesma identificação.
"Entrou com um nome diferente, não com o de Carlos Ghosn", disse uma fonte dos serviços de segurança libaneses, citada pela mesma emissora. Segundo a NHK, o ex-presidente da Nissan terá chegado ao Líbano num avião particular.
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