Navio efetuava o trajeto entre Dammam, cidade portuária no leste da Arábia Saudita, e Singapura.
Um navio israelita foi afetado por uma explosão no golfo de Omã, relataram esta sexta-feira sociedades de vigilância marítima e o proprietário, avançando que não tinha havido vítimas e se desconhecia a causa.
O "MV Helios Ray", que transportava veículos, "foi vítima de uma explosão no golfo de Omã", indicou a Dryad Global, sociedade especializada na segurança marítima.
O navio efetuava o trajeto entre Dammam, cidade portuária no leste da Arábia Saudita, e Singapura, no momento da explosão, ocorrida na quinta-feira, a noroeste de Omã, detalhou a sociedade.
A embarcação "é propriedade da Helios Ltd, uma sociedade israelita registada na ilha de Man", detalhou a Dryad Global, enquanto a estação pública israelita Kan atribuiu a sua propriedade a um empresário israelita chamado Rami Ungar.
A explosão causou "dois buracos com cerca de um metro e meio de diâmetro", confirmou o armador à Kan.
"Ainda não está claro", disse, "se foi causada por um tiro de míssil ou minas fixadas ao navio".
Acrescentou que não há vítimas entre a tripulação e que o motor não tinha sido atingido. O navio deve chegar a um porto dos Emiratos no sábado de manhã.
Segundo o portal da Internet Marine Traffic, a embarcação, que tem bandeira das Bahamas, saiu de Dammam na quarta-feira e deveria chegar a Singapura ma próxima semana.
"Não temos qualquer ideia" se o incidente está ligado às tensões entre Washington e Teerão e se "tem a ver com o facto de o proprietário do navio ser israelita", disse Ungar.
O centro de Operações de Comércio Marítimo do Reino Unido, liderado pela Marinha britânica, também deu conta da explosão, indicando que "há inquéritos em curso".
A explosão ocorreu numa altura em que se regista um aumento das tensões entre o Irão e os Estados Unidos em relação ao programa nuclear iraniano.
O local do incidente, no golfo de Omã, foi em 2019 cenário de uma série de explosões que a Marinha norte-americana atribuiu ao Irão, algo que Teerão negou.
A 5.ª Esquadra da Marinha dos Estados Unidos estacionada no Bahrein, indicou que está a "acompanhar a situação", mas a comandante Rebecca Rebarich, contactada pela agência noticiosa Associated Press (AP), escusou-se a fazer, para já, quaisquer comentários.
Enquanto as circunstâncias do incidente continuam pouco claras, a Dryad Global indicou ser "muito provável" que a explosão tenha resultado de uma "atividade assimétrica de militares iranianos", considerando também que tal será "compatível" com o aumento das tensões regionais.
Numa altura em que o Irão procura pressionar os Estados Unidos para suspender as sanções e retornar ao acordo nuclear de 2015, Teerão poderá estar "a tentar exercer uma diplomacia vigorosa por meios militares", indicou a Dryad Global, num relatório.
O Irão não comentou, para já, o incidente.
No verão de 2019, num cenário de tensões cada vez maiores entre o Irão e a Administração do então Presidente dos Estados Unidos Donald Trump, os militares norte-americanos responsabilizaram o Irão pelos ataques a dois petroleiros perto do Estreito de Ormuz, uma das rotas marítimas mais estratégicas do mundo.
As explosões de então ocorreram após os Estados Unidos terem atribuído ao Irão a responsabilidade por uma série de confrontos na região, incluindo o uso de minas de lapa - projetadas para acoplarem magneticamente ao casco de um navio - para atacar quatro petroleiros ao largo do porto de Al-Fujayrah - um dos sete emirados dos Emirados Árabes Unidos (EAU) -, e o bombardeamento de um oleoduto na Arábia Saudita por combatentes apoiados por Teerão.
A tensão entre os dois países aumentou após a decisão unilateral de Trump de se retirar do acordo nuclear de 2015 e da reimposição de duras sanções ao Irão.
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