Jair e os três filhos terão pagado vencimentos a dezenas de funcionários-fantasmas. Dinheiro destinava-se a ‘sacos azuis’.
Jair Bolsonaro terá usado dinheiro público para pagamento de ordenados a funcionários-fantasmas, quando era deputado. Estão em causa milhões de euros. As suspeitas recaem, ainda, sobre os três filhos do atual presidente brasileiro, Flávio, Eduardo e Carlos. O Ministério Público já abriu vários inquéritos sobre as alegadas irregularidades, mas o peso e a influência da família Bolsonaro estarão a dificultar o avanço das investigações.
Um levantamento feito pela revista Época, do Grupo Globo, revela que dos 286 funcionários que o então deputado federal Jair Bolsonaro, os deputados regionais do Rio de Janeiro Flávio e Eduardo, e o vereador Carlos Bolsonaro contrataram entre 1991 e 2018, pelo menos 80 só foram contratados no papel, nunca tendo trabalhado nos cargos para que foram nomeados. Desses, 39 já foram formalmente investigados. Terão recebido cerca de 4,7 milhões de euros de dinheiros públicos, embora exercessem outras profissões pelas quais eram remunerados.
Dois casos gritantes são os de Natália Queiroz e Márcia Aguiar. Enquanto recebia ordenado como assessora de Flávio Bolsonaro, Natália trabalhava como personal trainer de famosos e milionários do Rio, e Márcia estava todos os dias no seu salão de cabeleireiro, nunca tendo sequer ido buscar a sua identificação de assessora parlamentar.
Para o Ministério Público, os milhões pagos pelos Bolsonaro a funcionários que não precisavam de trabalhar não era generosidade, fazia parte de um esquema de desvio de verbas públicas. Em processos que tramitam no Rio de Janeiro, os promotores garantem que estes assessores-fantasmas eram, na verdade, contratados exclusivamente para devolverem a maior parte do que ganhavam para sacos azuis de quem os contratava, ficando com uma percentagem como compensação.
PORMENORES
Assessor escondido
Fabrício Queiroz, assessor de Flávio Bolsonaro, desapareceu em finais de 2018, após ser acusado de ser o cabecilha de um esquema de corrupção. Foi encontrado um ano mais tarde, escondido numa casa de campo de Frederic Wassef, advogado de presidente Jair Bolsonaro.
Fortuna suspeita
O Ministério Público investiga o caso de duas mulheres que trabalharam como assessoras de Jair Bolsonaro, quando este era deputado federal. Fizeram fortuna nesse período, tornando-se depois especialistas em negócios imobiliários.
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