Gabinete de Flávio Bolsonaro funcionava com esquema de desvios de dinheiro público.
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Nove pessoas da família da ex-mulher de Jair Bolsonaro, Ana Siqueira Vale, foram alvo de uma operação do Ministério Público desencadeada esta quarta-feira nas cidades do Rio de Janeiro e de Resende, esta última no sul do estado, no âmbito de uma investigação contra o filho mais velho do presidente brasileiro, o senador Flávio Bolsonaro. Outro alvo foi o ex-polícia Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio quando este era deputado regional no Rio.
Entre os alvos da operação, que não tem ordens de prisão e apenas de busca e apreensão de documentos, equipamentos informáticos e outras possíveis provas, estão o ex-sogro de Jair Bolsonaro, uma irmã e vários tios e primos de Ana Vale. Todos eles trabalharam no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro, eleito senador nas eleições de 2018, e são suspeitos de participar no esquema de desvio de dinheiro público.
Segundo o Ministério Público, no gabinete de Flávio Bolsonaro funcionava um esquema de desvios comandado pelo principal assessor do parlamentar, Fabrício Queiroz. Esse esquema forçava os funcionários do gabinete e outros assessores a devolverem ao filho de Jair Bolsonaro a maior parte dos ordenados que recebiam, para Flávio engrossar, sempre de acordo com o Ministério Público, um "saco azul" financiado com verbas públicas.
As primeiras denúncias surgiram ainda no ano de 2018, depois de se descobrir que Fabrício Queiroz movimentou milhões cuja origem não conseguiu justificar, e que, mensalmente, os outros funcionários do gabinete de Flávio depositavam quantias na conta do assessor sem motivo aparente e sempre nos dias em que recebiam os ordenados. Essas quantias eram depois depositadas em contas do próprio Flávio em montantes pequenos, para não chamar a atenção, mas o facto de terem sido feitos 48 desses depósitos num curto espaço de pouco mais de uma hora, foi o suficiente para alertar os órgãos de controlo de movimentações financeiras.
Depois de uma série de recursos ao Supremo Tribunal, Flávio conseguiu suspender as investigações durante vários meses. Mas o Supremo Tribunal derrubou a suspensão há duas semanas, autorizou a continuação das investigações e o Ministério Público não perdeu tempo.
A principal figura da investigação, Fabrício Queiroz, está desaparecido há um ano e nunca compareceu aos sucessivos depoimentos na polícia e no Ministério Público para os quais foi intimado. Durante esse período, o senador esteve em tratamento de um cancro no Hospital Albert Einstein, um dos mais caros do Brasil e também frequentado por Jair Bolsonaro.
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