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Financiamento de 642 milhões de euros para modernizar Corredor do Lobito assinado em Washington

Operação é a primeira transação entre Angola e a US International Development Finance Corporation.

18 de dezembro de 2025 às 11:30

Um financiamento de 753 milhões de dólares, maioritariamente concedido pelos Estados Unidos, para a modernização e reabilitação da linha ferroviária do corredor do Lobito, em Angola, foi assinado esta quarta-feira, em Washington, anunciou o governo angolano.

O financiamento de 753 milhões de dólares (642 milhões de euros ao câmbio atual) é assegurado pela US International Development Finance Corporation (DFC) em 553 milhões de dólares e pelo Bando de Desenvolvimento da África do Sul (DBSA, na sigla inglesa), em 200 milhões de dólares, à Lobito Atlantic Railway (LAR), concessionária responsável pela exploração da linha ferroviária.

Esta operação é a primeira transação entre Angola e a DFC e, simultaneamente, o maior financiamento alguma vez concedido por esta instituição financeira de desenvolvimento em África neste setor.

"Esta assinatura é um sinal claro de confiança internacional em Angola e na nossa capacidade de estruturar e executar projetos complexos, com rigor, transparência e padrões de governação de classe mundial", sublinhou o ministro dos Transportes, Ricardo Viegas D'Abreu, num comunicado esta quinta-feira.

Segundo Ricardo Viegas D'Abreu, "o Corredor do Lobito posiciona Angola como um pilar de estabilidade e integração regional, transformando o país numa plataforma logística e de exportação com relevância estratégica para as maiores economias mundiais", representando para o ministro um marco estratégico para o país e para o continente africano.

"Um projeto estruturante para Angola, para a região da África Austral e para a conectividade económica global", destaca ainda o Governo angolano no comunicado.

Anunciado no ano passado sob a administração do anterior Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, este empréstimo visa renovar 1.300 quilómetros de linha férrea e fornecer novas locomotivas.

"A África Central é rica em recursos chave essenciais para as indústrias americanas, nomeadamente em matérias-primas estratégicas para os setores da tecnologia e da defesa", justifica a agência americana de financiamento ao desenvolvimento (DFC) num comunicado.

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