Executivo tenta pôr termo aos protestos dos "coletes amarelos".
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O Presidente francês, Emmanuel Macron, deu mais um passo para aplacar o mal-estar social liderado pelos "coletes amarelos", ao anular a taxa sobre os combustíveis em 2019 em vez de a suspender durante seis meses, como anunciado na terça-feira.
Porta-vozes do Eliseu, citados pela agência noticiosa espanhola Efe, confirmaram esta decisão, que representa mais uma concessão do executivo francês para tentar pôr termo aos protestos dos "coletes amarelos", que se mobilizaram a partir de 17 de novembro devido à queda do seu poder de compra.
Com este novo anúncio, o Governo francês pretende evitar a todo o custo que se repitam no próximo sábado as cenas de guerrilha urbana dos protestos do passado dia 01 de dezembro em Paris.
Acusado de reagir tarde e mal à crise dos "coletes amarelos", o executivo defendeu hoje a sua gestão da situação na Assembleia Nacional, numa sessão que introduziu no hemiciclo as reivindicações do movimento contestatário.
O primeiro-ministro, Édouard Philippe, compareceu no parlamento um dia depois de ter decidido congelar por seis meses a subida de impostos sobre o combustível e as tarifas da eletricidade e do gás, para assegurar que ouviu a revolta dos franceses e atuou em conformidade, enquanto espera encontrar as soluções adequadas.
"Se não as encontrarmos, não restabeleceremos estes impostos. Estas decisões têm como objetivo devolver a serenidade ao país", declarou, convencido do rumo traçado desde que chegou ao poder, em maio de 2017.
No final da sessão de debate, a gestão governamental foi submetida a votação e aprovada por maioria absoluta, com 358 votos a favor, dos deputados de A República em Marcha (LREM) e seus aliados centristas, e 194 votos contra.
O executivo quer realizar nos próximos meses um debate nacional em torno do ritmo da transição ecológica, a necessidade de alternativas para o trajeto de casa ao trabalho e a redução dos impostos.
"Não devemos legar aos nossos filhos uma dívida incontrolável", advertiu Philippe numa sessão acalorada, admitindo que talvez as medidas aplicadas tenham sido "insuficientes ou demasiado técnicas" e que chegou a hora de entabular "um verdadeiro diálogo sobre as preocupações dos franceses".
Os mesmos que há três semanas saem à rua, bloqueando rotundas e autoestradas do país, primeiro para exigir a suspensão do imposto sobre os combustíveis, mas depois também para denunciar o seu empobrecimento.
O debate parlamentar prosseguirá na quinta-feira com outra sessão semelhante no Senado, essa sem votação, antes de o Governo enfrentar, no sábado, outra prova de fogo, com a quarta manifestação consecutiva, na qual prometeu tolerância zero contra a violência.
Uma sondagem divulgada na terça-feira pelo instituto de estudos de opinião BVA indicou que sete em cada dez franceses continuam a apoiar os "coletes amarelos".
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