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Fundo soberano da Noruega vota contra prémio de 1 bilião de dólares de Elon Musk

No ano passado, já tinha votado contra outro plano de remuneração destinado a Elon Musk, que no entanto acabou por ser aprovado pelos acionistas da Tesla.

04 de novembro de 2025 às 15:59

O fundo soberano da Noruega, um dos maiores acionistas da Tesla, vai votar contra o pacote de remuneração superior a um bilião de dólares (cerca de 870 mil milhões de euros) que a empresa pretende pagar ao fundador, Elon Musk.

"Embora reconheçamos o valor significativo criado sob a liderança visionária do Sr. Musk, estamos preocupados com a dimensão total do prémio, a diluição e a falta de mitigação do risco associado a uma figura-chave, em consonância com a nossa visão sobre a remuneração dos executivos", declarou o Norges Bank Investment Management, que gere o Fundo Soberano da Noruega, em comunicado publicado no seu 'site' na Internet.

"Continuaremos a procurar um diálogo construtivo com a Tesla sobre este e outros assuntos", acrescentou.

O fundo soberano, que gere mais de 21 biliões de coroas norueguesas (1,8 biliões de euros), provenientes das receitas do gás e do petróleo do Estado norueguês, detinha uma participação de 1,14% da Tesla a 30 de junho de 2025, avaliada em 17 mil milhões de dólares (cerca de 14,8 mil milhões de euros), o que faz dele o sétimo maior acionista da empresa.

Na assembleia-geral anual da construtora de automóveis elétricos norte-americana, que se realiza na quinta-feira, 06 de novembro, em Austin, no Texas, os acionistas serão chamados a votar o pacote de remuneração proposto pelo Conselho de Administração do grupo.

O plano prevê a atribuição de mais de um bilião de dólares em opções de ações a Elon Musk com base numa série de objetivos que, a serem alcançados, num prazo que se estende por dez anos, poderão garantir ao homem mais rico do mundo uma participação adicional de até 12% na Tesla.

No ano passado, já tinha votado contra outro plano de remuneração destinado a Elon Musk, que no entanto acabou por ser aprovado pelos acionistas da Tesla.

O plano foi posteriormente rejeitado por um tribunal do Delaware em dezembro, mas a Tesla recorreu.

As relações entre Musk e Nicolai Tangen, presidente do fundo norueguês, deterioraram-se significativamente desde então.

A 27 de outubro, a presidente da Tesla, Robyn Denholm, alertou os acionistas de que o fundador e presidente executivo (CEO) poderia deixar a empresa caso não recebesse um total de um bilião de dólares em opções de ações.

Segundo a consultora Glass Lewis, o pacote de remuneração poderá conceder a Musk até 432 milhões de novas ações, dando-lhe o controlo de até 30% das ações da Tesla, cerca do dobro da sua participação atual.

Musk justificou o desejo de controlar pelo menos 25% das ações da Tesla para poder controlar o "enorme exército de robôs" que a empresa pretende criar.

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