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Gerente da morgue de Harvard condenado a oito anos de prisão por vender partes de cadáveres doados para pesquisa

Procuradora diz que Cedric Lodge tratou partes de "seres humanos como se fossem bugigangas para serem vendidas".

18 de dezembro de 2025 às 12:44

Um antigo gerente da morgue da Faculdade de Medicina de Harvard, em Boston, nos EUA, foi condenado esta semana a oito anos de prisão por um tribunal federal por roubar e vender partes de cadáveres "como se fossem bijuterias", revela a agência Associated Press (AP).

As autoridades informaram que Cedric Lodge estava no centro de um esquema macabro no qual negociava cérebros, pele, mãos e rostos humanos depois de os cadáveres doados à Faculdade de Harvard deixarem de ser utilizados em pesquisas.

A mulher, Denise Lodge, foi condenada a pouco mais de um ano de prisão por ajudá-lo.

Em tribunal, a procuradora assistente Alisan Martin deu um exemplo dos negócios macabros, contando que Cedric Lodge vendeu pele humana a um homem para que este pudesse transformar em couro na encadernação de um livro. "Uma realidade profundamente horrível", disse a procuradora, lembrando outro caso em que foi negociado o rosto de um homem.

Para a procuradora, Lodge, de 58 anos, tratou partes de "seres humanos como se fossem bugigangas para serem vendidas com lucro", tendo arrecadado milhares de dólares entre 2018 e março de 2020.

Depois da Faculdade de Medicina de Harvard terminar as suas pesquisas num corpo doado, habitualmente ou é devolvido à família ou cremado. Lodge admitiu ter retirado partes dos corpos antes da cremação.

O homem agora acusado, que foi gerente da morge da universidade durante 28 anos, expressou arrependimento. O advogado de defesa, Patrick Casey, disse que os atos cometidos foram "atrozes", mas que "o Sr. Lodge reconhece a gravidade da sua conduta e o dano que as suas ações infligiram tanto às pessoas falecidas cujos corpos ele degradou cruelmente como às suas famílias enlutadas".

Harvard suspendeu a doação de corpos durante cinco meses em 2023, quando as acusações foram formalizadas. Os promotores disseram que pelo menos outras seis pessoas, incluindo um funcionário de um crematório no Arkansas, declararam-se culpadas na investigação de tráfico de partes de corpos de seres humanos.

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