Protesto dos camionistas alastrou a todo o país. Cidade de São Paulo declarou estado de sítio.
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O governo do Brasil autorizou esta sexta-feira o uso das Forças Armadas para desbloquear as estradas bloqueadas pelos camionistas que cumprem o quinto dia de protesto em todo o país.
Na manhã desta sexta-feira, realizaram-se manifestações em 24 estados e no Distrito Federal, com mais de 500 focos de paralisações e bloqueios parciais em estradas, avança a Folha de São Paulo.
A cidade de São Paulo é uma das mais afetadas e decretou estado de emergência devido à falta de combustível. A frota de autocarros está a operar com apenas 57% da frota.
Os aeroportos estão a operar com severas restrições, obrigando à remarcação de centenas de voos. Segundo a Folha, em Brasília, o combustível acabou e pelo menos cinco voos foram cancelados Outros dez aeroportos também estão desabastecidos.
Nos mercados e lojas de várias cidades brasileiras, já é bem patente a falta de pordutos alimentares e outros bens de primeira necessidade, por causa da paralização do setor dos transportes.
Acordo com o governo sem efeitos práticos
No dia seguinte ao anúncio feito pelo governo do presidente Michel Temer de um acordo e, segundo ministros, do fim da greve dos camionistas, motoristas de camião de todo o Brasil ampliaram a paralisação e aumentaram esta sexta-feira o número de estradas bloqueadas em 25 dos 27 estados do Brasil. A paralização começou de forma improvisada na segunda-feira, em protesto contra os aumentos diários da gasolina e do diesel decretados pelo governo, mas ao longo da semana tomou uma força enorme e já paralisa muitas actividades por todo o país, por falta de abastecimento, principalmente de combustíveis.
Os transportes colectivos estão entre os serviços mais afectados. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, as duas maiores cidades do Brasil, a frota de autocarros foi reduzzzida em 40% esta sexta-feira, em Recife, capital do estado de Pernambuco, o corte foi ainda maior, e em João Pessoa, capital da Paraíba, poucos autocarros saíram das garagens, situação que se repetiu em várias pequenas e grandes cidades.
Também em São Paulo e no Rio, a polícia suspendeu todas as deslocações não essenciais, reduziu e, em alguns casos, suspendeu mesmo as rondas ostensivas, e as viaturas só vão para as ruas em situações de emergência, também por falta de combustível. Em itapevi, por exemplo, na Grande São Paulo, o executivo municipal determinou aos poucos postos de combustível que ainda funcionam que só vendam gasolina a ambulâncias.
Sem serem abastecidas há dias, pois a greve começou segunda-feira, já faltam alimentos e outros productos de primeira necessidade em lojas e supermercados de todo o território. A rede Carrefour, por exemplo, limitou a cinco o número de productos que cada cliente pode adquirir, para evitar o desabastecimento total e permitir que mais pessoas consigam ao menos algumas mercadorias essenciais.
Pelo menos 16 centrais termoeléctricas, que são movidas a diesel, já pararam ou reduziram drásticamente a sua producção na região amazônica, colocando em risco o fornecimento de energia à população. Escolas foram fechadas em muitas cidades, pois os alunos não têm como chegar até elas, e várias cidades em diversos estados declararam ponto facultativo esta sexta.
Os aeroportos, igualmente afectados pela falta de combustível, estão a cancelar vôos. Em São Paulo, o querosene só dura até final desta sexta, em Recife pode acabar ainda esta tarde e em Brasília só são autorizadas aterragens de aeronaves que tenham combustível para seguir viagem.
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