Combustíveis e alimentos começam a escassear.
A greve nacional dos camionistas, que esta quinta-feira entrou no quarto dia consecutivo de paralisações e bloqueios de estradas exigindo a redução do preço do gasóleo, já está a afetar gravemente diversos setores da vida brasileira e até o dia a dia da população. Começam a escassear combustíveis e alimentos, e os transportes já foram reduzidos em várias cidades por falta de gasolina ou de gasóleo.
O Rio de Janeiro amanheceu esta quinta-feira com apenas 50% dos autocarros dos transportes coletivos em circulação, e o resto pode parar amanhã. Em São Paulo, a maior cidade do Brasil, a redução foi menor, mas as empresas já avisaram que só têm combustível para colocarem os autocarros nas ruas esta quinta-feira, não sabendo o que vão fazer amanhã.
Em todo o país, pelo menos 12 aeroportos enfrentam dificuldades para reabastecer os aviões. No de Congonhas, em São Paulo, o segundo mais movimentado do Brasil, o petróleo acabou na noite de ontem, quarta-feira, mas a Polícia Militar garantiu escolta a camiões que abasteceram os tanques na madrugada desta quinta-feira, mas o combustível só dura até sexta-feira de manhã, tal como nos aeroportos de Brasília e de Recife, entre outros.
Nas lojas e supermercados, já faltam alimentos, retidos em alguma das mais de 40 estradas bloqueadas por camiões em 23 dos 27 estados do Brasil. Nas feiras de rua, já é difícil comprar frutas e legumes frescos, que são entregues diariamente, e o preço da batata e do tomate, por exemplo, nos locais onde ainda existem esses produtos chegou a triplicar.
A gasolina também é cada vez mais rara e provoca especulação de comerciantes menos exigentes, que se aproveitam da falta de combustível para venderem o que ainda têm a preços exorbitantes, como em Brasília, onde um posto foi apanhado esta quinta-feira a vender gasolina com um valor duas vezes e meio superior ao normal. Até escolas estão a fechar, porque as carrinhas de transporte escolar não conseguem abastecer em várias cidades.
O governo do presidente Michel Temer, que fica com mais de 50% do valor de cada litro de combustível em impostos e se tem reunido diariamente em longas discussões sobre o assunto, cedeu parcialmente aos grevistas e mandou a Petrobrás, que tem o monopólio dos combustíveis no Brasil, reduzir o preço do gasóleo em 10% mas por apenas 15 dias, para ter fôlego e poder negociar uma saída mais duradoura. Mas os líderes dos camionistas, que ganham força a cada dia, não aceitaram suspender a greve, pois eles não querem medidas meramente paliativas e sim que o executivo corte de vez a altíssima carga de impostos que incide sobre os combustíveis, o que Temer não quer nem ouvir falar.
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