Em causa está a transmissão ao vivo, na sexta-feira, do ataque que causou a morte de 50 pessoas.
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A primeira-ministra neozelandesa afirmou este domingo que pretende discutir com a rede social Facebook a transmissão de vídeos em direto, após a transmissão ao vivo, na sexta-feira, do ataque que causou a morte de 50 pessoas.
Um atirador, alegadamente responsável pela morte de 50 pessoas em Christchurch, transmitiu os assassínios em direto pela rede social Facebook, tendo o vídeo de 17 minutos ficado disponível e a ser partilhado em outras redes sociais, como o Twitter e o YouTube, até várias horas após o ataque.
"Esta é uma questão que vai muito além da Nova Zelândia, mas isso não significa que não possamos ter um papel ativo em vê-la resolvida", disse hoje Jacinda Ardern aos jornalistas em Wellington, citada pela agência Bloomberg.
"Esta é uma questão que vou discutir diretamente com o Facebook", acrescentou.
Afirmando que continuam a existir "perguntas que exigem respostas" dos gigantes da Internet, Ardern disse que já esteve em contacto com a responsável pelas operações do Facebook, Sheryl Sandberg, que "reconheceu o que havia acontecido em nova Zelândia" e enviou condolências às famílias.
"Fizemos tudo o que podemos para remover ou obter a remoção de algumas das imagens que circularam após o ataque terrorista. No entanto, no final, cabe a essas plataformas facilitar essas retiradas. (...) Acho que ainda há perguntas que precisam de respostas", disse Ardern.
A rede social afirmou, entretanto, que nas primeiras 24 horas removeu 1,5 milhões de vídeos com a gravação em direto do ataque e, de acordo com a porta-voz da plataforma na Nova Zelândia, Mia Garlick, também removerá todas as versões editadas do vídeo, mesmo que não mostrem conteúdo gráfico.
"Nas primeiras 24 horas, removemos 1,5 milhões de vídeos do ataque do mundo, dos quais mais de 1,2 milhões foram bloqueados durante o 'download'", disse o Facebook.
Em comunicado, Mia Garlick prometeu hoje "trabalhar 24 horas por dia para remover todos os conteúdos em infração".
O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, também expressou dúvidas sobre a eficácia da atual legislação, dadas as possibilidades das redes sociais.
Morrison afirmou que as redes sociais "cooperaram" desde o ataque às mesquitas, mas, "infelizmente, a capacidade real de ajudar dessas empresas de tecnologia é muito limitada".
"Portanto, há discussões muito concretas a ter sobre o tema das capacidades das redes sociais", concluiu ele, destacando que "foram dadas garantias" pelas empresas de que o conteúdo removido não iria reaparecer.
O comissário da polícia neozelandesa, Michael Bush, informou no sábado que o australiano Brenton Tarrant será o único responsável pelo ataque armado às mesquitas de Al Noor e de Linwood, na cidade de Christchurch.
A primeira-ministra disse que os corpos das 50 pessoas mortas nos ataques da mesquita de sexta-feira vão começar a ser entregues às famílias no final do dia de hoje.
Christchurch, com cerca de 376.700 habitantes, é a maior cidade da Ilha Sul da Nova Zelândia e a terceira maior cidade do país, localizada na costa leste da ilha e a norte da península de Banks. É a capital da região de Canterbury.
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