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Hospital do Rio de Janeiro abandona paciente sem pernas deitado no chão sob sol escaldante

Após denúncias, hospital demitiu os funcionários que deixaram o doente no meio da rua.

11 de julho de 2023 às 15:36

Um homem sem pernas, e cuja identidade está a ser preservada para não o expor ainda mais, foi abandonado na calçada, sob sol escaldante, por funcionários do Hospital Municipal Pedro II, na cidade brasileira do Rio de Janeiro, onde tinha estado internado. Pessoas que passavam na rua do hospital, no bairro de Santa Cruz, e viram os maqueiros deixar o doente no chão ficaram revoltadas, foram pedir explicações à unidade de saúde e, não tendo sido atendidas, denunciaram o triste abandono à imprensa.

O homem foi deixado deitado em cima do passeio, usando uma fralda e com uma sonda, e chocou todos que o viram na calçada, de onde não teria a menor possibilidade de sair sozinho. Após as manifestações de indignação de populares, o Hospital Municipal Pedro II voltou atrás e recolheu novamente o doente a um leito, tendo posteriormente afirmado que demitiu os funcionários que deixaram o doente no meio da rua.

De acordo com as informações que vão sendo conseguidas, pois nem o hospital nem a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro se têm mostrado colaborativas, o homem foi deixado na unidade de saúde por um pastor evangélico que cuida de um abrigo para pessoas carenciadas na cidade de Búzios, a 176 km do Rio de Janeiro e, após o internamento e atendimentos julgados necessários, teve alta. Segundo a direção do hospital, o doente, que a unidade diz ter um comportamento rebelde e se recusou a informar o telefone de algum familiar, terá pedido para o deixarem na rua, pois uma pessoa iria buscá-lo, o que não aconteceu.

Transeuntes compraram alimentos e tentaram ajudar o desconhecido, tal como comerciantes da rua, impressionados com o drama daquele ser humano, que, independentemente do histórico da sua relação com o hospital e eventual rebeldia, não poderia ter sido deixado sozinho sem qualquer tipo de suporte na calçada. Aos populares que tentaram ajudá-lo, ele negou que tenha pedido para deixar o hospital e declarou que se estava a sentir como "um lixo".

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