Suspeito já foi detido pelas autoridades. Ministro dos Negócios Estrangeiros nega cenário de terrorismo.
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Incêndio na Embaixada de Portugal em Estocolmo faz vários feridos
Um incêndio de grandes dimensões deflagrou esta quarta-feira na Embaixada de Portugal em Estocolmo, Suécia. Segundo as primeiras informações, há registo de pelo menos 14 pessoas que ficaram feridas no fogo. No mesmo edifício funcionam também as embaixadas da Argentina, Bélgica e da Tunísia.
No combate às chamas estiveram mais de 60 bombeiros, apoiados por 12 viaturas. "O fogo esteve descontrolado e consumiu vários pisos. O fumo invadiu o interior e os funcionários começaram a sair imediatamente para a rua", adianta Roger Steffen, dos Bombeiros de Estocolmo. "As chamas estiveram mais ativas entre o 3.º e o 5.º andar e háe risco do fogo se espalhar para os pisos superiores", afirma Steffen.
As autoridades investigam a hipótese de fogo posto fogo posto. Um homem terá ficado insatisfeito com a resposta da Embaixada a uma questão e por isso terá ateado o fogo.
"Está uma grande número de patrulhas no local para verificar o que se passou. Não está excluída a hipótese de crime", explica o porta-voz da polícia de Estocolmo, Anders Bryngelsson, que garante que as chamas "já estão controladas".As autoridades procuravam o suspeito de ter ateado o fogo, que começou precisamente na Embaixada Portuguesa. Trata-se de um homem com cerca de 50 anos, alto, com cabelos longos grisalhos e barba. "Não podemos adiantar muitos mais detalhes", disse o porta-voz da polícia ao Aftonbladet. Um homem com as características descritas pela polícia foi detido ao início da tarde. "Depois do apelo recebemos várias denúncias e conseguimos deter o suspeito. Vamos agora interrogá-lo e tentar perceber o que se passou", disse fonte da polícia.
O suspeito foi detido num hotel em Estocolmo e foi um funcionário daquele espaço que alertou as autoridades. O homem entrou no hotel e disse que precisava de usar a casa de banho por estar mal-disposto.
Incêndio na embaixada foi "gesto criminoso" mas sem natureza terrorista
O ministro dos Negócios Estrangeiros português declarou hoje que o incêndio na embaixada em Estocolmo foi um "gesto criminoso" de fogo posto por um "homem desconhecido", mas que as autoridades portuguesas afastam, por ora, a hipótese de ato terrorista.
"Tudo leva a crer que terá sido um ato isolado, de uma pessoa que estava perturbada e que se encontra em fuga. Exigiu falar com o responsável da secção consular, um pedido que foi satisfeito, mas que antes mesmo da conversa que tinha exigido teve este gesto criminoso, de provocar um incêndio, fugindo ao mesmo tempo", disse Augusto Santos Silva numa conferência de imprensa ao lado do secretário-geral da Liga Árabe, em Lisboa.
Questionado sobre a forma como o governo português está a encarar o caso de fogo posto, o ministro disse que se tratou de "um incidente", e acrescentou que o homem tinha aparência caucasiana, europeia.
"Neste momento, todas as informações que temos apontam para a pista de uma pessoa que se encontrava perturbada, portanto um ato tresloucado, de uma pessoa cujo móbil ainda não conhecemos", disse o chefe da diplomacia portuguesa.
"Com a informação que temos, não há nenhuma indicação que seja incidente de natureza terrorista, parece ser um caso isolado de uma pessoa que está perturbada e não sabemos por que é que decidiu canalizar a sua perturbação para a secção consular da embaixada portuguesa em Estocolmo", referiu.
Santos Silva classificou o ato de fogo posto como "um incidente grave", salientando que terá começado por volta das 11:50 locais (10:15 em Lisboa).
"Tanto pelo que conseguimos reconstituir do que aconteceu terá sido um homem de grande envergadura que, aparentando estar muito perturbado e expressando-se em espanhol, penetrou na sala de secção consular em Estocolmo, exigindo ser recebido pelo responsável da secção consular", relatou o ministro.
O homem, que também falou em inglês durante o tempo em que esteve na embaixada, disse "frases muito inconsequentes, sobre alegados problemas de tráfico de seres humanos em Portugal".
"O responsável foi chamado e antes que pudesse chegar o homem, que aparentou estar sempre muito perturbado, abandonou a sala. Uma das pessoas presentes reparou que ele tinha atirado não sabemos se um objeto, um líquido inflamável ou qualquer outro objeto, que fez deflagrar um incêndio nas instalações da embaixada", disse Santos Silva.
O ministro disse que "não estava ninguém a ser atendido nessa altura", pelo que o Ministério dos Negócios Estrangeiros não tem registo de feridos entre o pessoal da embaixada ou pessoas que estivessem a ser atendidas.
"Ainda não temos informações seguras sobre se há feridos, quantos e com que gravidade. As informações que recebi dos nossos funcionários é que poderá haver problemas com duas ou mais pessoas, mas por inalação de fumo, sem gravidade"ressalvou Santos Silva.
O incêndio que deflagrou hoje no edifício da embaixada de Portugal em Estocolmo fez pelo menos 14 feridos, noticiou a Radio Sweden.
"Agora há 14 feridos e 60-70 bombeiros no local combatem o fogo", escreveu a rádio na sua conta na rede social Twitter cerca das 14:00 locais (13:00 em Lisboa).
"Os bombeiros chegaram muito rapidamente, a embaixada foi evacuada, como todo o resto do edifício", completou o ministro, explicando que, além da embaixada portuguesa, também as embaixadas da Argentina e da Tunísia estão ali instaladas.
O embaixador português em Estocolmo estava fora das instalações, em reunião, concluiu Santos Silva.
Presidente da República repudia "ato criminoso"
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, repudiou hoje o "ato criminoso" que causou o incêndio que ocorreu no edifício da embaixada de Portugal em Estocolmo, na Suécia.
Segundo a página oficial da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa "acompanhou com preocupação" os relatos relativos ao incidente que hoje teve lugar na Embaixada de Portugal em Estocolmo.
"Expressando o seu repúdio por este gesto criminoso, o Presidente da República endereça a todos os feridos os votos de rápidas melhoras, bem como transmite a sua solidariedade ao pessoal e visitantes da chancelaria", refere a informação divulgada.
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