A edição de hoje
Enriquecimento é "direito inalienável", diz embaixador iraniano na ONU.
O embaixador iraniano nas Nações Unidas garantiu esta segunda-feira que o Irão “nunca abdicará” do seu direito de enriquecer urânio para fins pacíficos. “O enriquecimento de urânio é um direito nosso, um direito inalienável que pretendemos implementar”, sublinhou Amir Saeid Iravani em entrevista à CBS News, adiantando que o Irão continua disponível para transferir o seu urânio enriquecido para um país terceiro ou para o colocar sob supervisão da Agência Internacional de Energia Atómica no país. O diplomata disse ainda que o regime de Teerão está “pronto para negociar” com os EUA, mas rejeitou as exigências de “rendição incondicional” feitas pelo presidente norte-americano Donald Trump. “Os EUA querem ditar-nos as condições. Se quiserem negociar, estamos prontos. Mas se nos quiserem impor as suas condições, então uma negociação é impossível”, disse o embaixador.
Já o vice-Ministro dos Negócios Estrangeiros, Majid Takht-Ravanchi, avisou que o Irão só voltarà à mesa das negociações se os EUA garantirem que não voltarão a atacar o país. “Queremos que nos digam se vão voltar atacar-nos enquanto estivermos a negociar. Os EUA têm de ser muito claros sobre esta questão e sobre aquilo que estão dispostos a oferecer-nos para criar as necessárias condições de confiança para retomarmos o diálogo”, afirmou o vice-chefe da diplomacia iraniana à BBC, insistindo, também ele, que o Irão nunca irá abrir mão do seu direito a enriquecer urânio. “Podemos discutir a quantidade e as condições, mas dizerem-nos que não podemos enriquecer urânio e que, se não concordarmos, seremos bombardeados, isso é a lei da selva, acusou”.
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