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Já são 40 mil os asteroides descobertos próximo da Terra

Maioria destes corpos rochosos não apresenta perigo significativo para o planeta.

20 de novembro de 2025 às 18:27

A lista de asteroides próximos da Terra soma 40.000, depois da descoberta, este mês, de mais um, anunciou esta quinta-feira a Agência Espacial Europeia (ESA), assinalando que a maioria destes corpos rochosos não apresenta perigo significativo para o planeta.

Estes "calhaus" do espaço têm entre alguns metros e alguns quilómetros de diâmetro e estão em órbitas que os aproximam da Terra, a aproximadamente 45 milhões de quilómetros da órbita do planeta, perto o suficiente para que sejam monitorizados constantemente.

O primeiro asteroide próximo da Terra, Eros, foi descoberto em 1898.

Graças a telescópios foram descobertos centenas destes corpos rochosos nas décadas de 1990 e 2000.

Este mês, o número de asteroides identificados próximo da Terra atingiu a fasquia dos 40.000, sendo que cerca de 10.000 foram descobertos nos últimos três anos.

Segundo a ESA, que tem um centro de coordenação de objetos próximos da Terra, cerca de 2.000 asteroides próximos da Terra têm uma probabilidade "não nula" de colidir com a Terra em algum momento nos próximos cem anos.

Contudo, a cento", ressalva a ESA, numa nota esta quinta-feira divulgada.

Os maiores, com mais de um quilómetro de diâmetro, são também os mais fáceis de detetar, e muitos foram dos primeiros a serem encontrados.

"Estes objetos causariam efeitos globais se atingissem a Terra, mas a comunidade científica está confiante de que a grande maioria já foi encontrada", refere a ESA, acrescentando que o foco "é encontrar e rastrear asteroides de tamanho médio, entre 100 e 300 metros de diâmetro", que são "muito mais difíceis de detetar e causariam graves danos regionais se atingissem o planeta".

De acordo com a Agência Espacial Europeia, "ainda há trabalho a ser feito", pois os modelos atuais sugerem que apenas foram descobertos cerca de 30% destes objetos.

"Com a entrada em funcionamento da próxima geração de telescópios esperamos que o número de objetos próximos da Terra conhecidos continue a crescer a um ritmo ainda mais acelerado", afirmou Luca Conversi, que gere o Centro de Coordenação de Objetos Próximos da Terra da ESA.

A Agência Espacial Europeia tem em órbita a missão Hera que permitirá testar se o desvio da trajetória de um asteroide, no caso Dimorphos, é um método fiável para proteger a Terra.

A ESA espera lançar em meados de 2030 uma missão que permitirá encontrar asteroides que os telescópios óticos em terra não conseguem captar devido à intensa luz solar durante o dia, bem como, pela primeira vez, detetar antecipadamente riscos de impacto semelhantes ao evento de Chelyabinsk, na Rússia.

Em 15 de fevereiro de 2013, sem ninguém o prever, o asteroide de Chelyabinsk, de 20 metros, o maior a atingir a Terra em mais de um século, chegou à atmosfera terrestre, sobre os Montes Urais, na Rússia, e explodiu a uma altitude de 30 quilómetros, libertando uma energia equivalente a 35 bombas atómicas de Hiroxima.

Poucos minutos depois, uma onda de choque atingiu o solo danificando milhares de edifícios e ferindo cerca de 1.500 pessoas devido aos estilhaços dos vidros.

Apesar de várias cidades russas terem sido atingidas pelo impacto do asteroide, a mais afetada foi Chelyabinsk devido à proximidade da explosão.

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