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Jair Bolsonaro quer voltar ao poder como super-ministro da própria mulher

Ex-presidente brasileiro quer eleger a própria mulher, Michelle Bolsonaro, presidente do Brasil nas presidenciais de 2026, a que ele não pode concorrer.

24 de janeiro de 2025 às 11:46

O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, que foi tornado inelegível até 2030 por crimes eleitorais, mas está obcecado em voltar ao poder, parece já ter encontrado a solução para comandar o Brasil de novo sem disputar eleições. Bolsonaro quer eleger a própria mulher, Michelle Bolsonaro, presidente do Brasil nas presidenciais de 2026, a que ele não pode concorrer, e tornar-se um super-ministro.

 “Vi nas sondagens que a Michelle está muito perto do Lula, dentro da margem de erro. Esse evento lá fora (a tomada de posse de Donald Trump em Washington na segunda-feira, onde ela foi em representação do marido, proibido de deixar o Brasil) deu-lhe uma popularidade enorme. Não tenho problema com isso (que a mulher seja a candidata), e seria um bom nome, com chances de vencer. Óbviamente, se ela me nomear ministro da Casa Civil”, declarou Jair Bolsonaro em entrevista à CNN Brasil, esta quinta-feira.

Bolsonaro até há pouco tempo rejeitava peremptoriamente a possibilidade da candidatura de Michelle, argumentando que a esposa não tem experiência, não está preparada. Mas, à medida que uma possível amnistia no Congresso ou uma reversão da inelegibilidade no TSE, Tribunal Superior Eleitoral, ficam cada vez mais improváveis, o antigo governante parece ter começado a mudar de ideia.

Diversas sondagens sobre potenciais candidatos às presidenciais de 2026 têm mostrado que Michelle Bolsonaro é a candidata do campo da direita que mais se aproxima da votação estimada para Lula, que, não obstante, atravessar uma crise de popularidade, ainda se mantém favorito. Bolsonaro vê na possibilidade da eleição da mulher o caminho para fintar as condenações que já sofreu na justiça eleitoral e outras que podem advir dos processos que enfrenta no STF, Supremo Tribunal Federal, e voltar a “presidir” ao Brasil como super-ministro da Casa Civil, uma espécie de primeiro-ministro que, claro, no caso dele e com a mulher na presidência, teria poderes ilimitados.

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