A edição de hoje
Casa Branca divulgou um comunicado anunciando vultosos investimentos na Amazónia para preservar a floresta e apoiar as populações originárias da região.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deve desembarcar a qualquer momento, ainda na manhã deste domingo, pelo horário local, na cidade brasileira de Manaus, capital do estado do Amazonas e da Amazónia. Antes da chegada do chefe de Estado norte-americano ao Brasil, a Casa Branca divulgou um comunicado anunciando vultosos investimentos na Amazónia para preservar a floresta e apoiar as populações originárias da região.
Na curta escala que fará em Manaus, a caminho do Rio de Janeiro, onde esta segunda e terça-feira participará na Cimeira do G20, Biden visitará o Museu da Amazónia (MUSA), que está localizado na Reserva Florestal Adolpho Ducke. De acordo com o que já foi avançado pela assessoria do presidente dos EUA, que está de saída do cargo, ele vai vincar que os Estados Unidos cumpriram a promessa feita em 2020 de aumentar o financiamento de projetos de preservação ambiental e de combate às mudanças climáticas no mundo até 2024, respondendo a críticas, nomeadamente do Brasil, de que o seu governo não tem dado o apoio esperado.
Este domingo, Biden anunciará uma nova doação de mais 50 milhões de dólares para o Fundo Amazónia, aumentando essas doações para 100 milhões, mas esse anúncio, mais uma vez, é uma mera promessa, de que ninguém tem a certeza se será cumprida. Essa verba que o presidente vai anunciar precisa de ser aprovada pelo Congresso dos EUA, que, a partir de janeiro, após as eleições deste mês de novembro, terá uma maioria claramente conservadora, avessa a gastos na proteção ambiental, principalmente noutros países.
Biden vai anunciar ainda um projeto extremamente ambicioso, uma parceria entre o governo dos Estados Unidos, um grande banco privado brasileiro e outros 12 parceiros públicos e privados, que pretende investir nos próximos anos 10 mil milhões de dólares na Amazónia. A imensa fortuna, que ainda precisa de ser reunida, será usada em projetos para preservação de terras e da água numa área de floresta de 5,5 milhões de quilómetros quadrados, em apoio a medidas de fomento à biodiversidade e à bioeconomia, bem como em programas destinados à população indígena, para que possa desenvolver atividades económicas sustentáveis, que lhes permitam desenvolver-se economicamente ao mesmo tempo que preservam a floresta.
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