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Kamala e Trump lutam taco a taco por 270 delegados

Norte-americanos preparam-se para eleger na terça-feira um novo Presidente.

04 de novembro de 2024 às 01:30

Na véspera das eleições presidenciais norte-americanas, todos os cenários estão em aberto, com as sondagens a apontarem para um empate técnico entre os dois candidatos à Casa Branca, o republicano Donald Trump e a democrata Kamala Harris.

Para vencer a corrida, têm de conquistar 270 votos do Colégio Eleitoral, grupo composto por 538 delegados, distribuídos de forma proporcional por cada um dos 50 estados, consoante a sua população. Embora extremamente improvável, a hipótese de um empate entre Trump e Kamala é real. Se tal acontecer, é o Congresso que decide quem é o Presidente.

Na prática, cada estado escolhe quem deve ocupar a Casa Branca, de acordo com os resultados eleitorais. A cada estado corresponde um voto, independentemente do seu tamanho. Os 52 membros do Congresso que representam a Califórnia teriam tanto peso como o único representante do estado do Alasca. Neste contexto, os republicanos sairiam a ganhar, uma vez que conquistariam a maioria dos estados.

Se as previsões se mantiverem, Trump deverá triunfar em 26 estados e Kamala 22. No Minnesota e na Carolina do Norte não há uma tendência definida.

Mas pode ainda acontecer que nesta votação estado a estado se registe um empate 25-25. Se assim for, terão de ser feitas novas votações até que um candidato ganhe. Um processo que poderá arrastar-se e não estar concluído a tempo da tomada de posse, a 20 de janeiro. Nessa eventualidade, caberá ao Senado escolher entre os vice-presidente eleitos quem assume interinamente a Presidência, que governará até que se decida quem é o Presidente.

O Senado tem 100 membros, pelo que, também aqui, pode criar-se impasse, já que o Presidente interino teria de recolher 51 votos. Recorre-se, então, à 20.ª Emenda da Constituição, que atribui o mais alto cargo da nação ao presidente da Câmara dos Representantes.

Na história das eleições presidenciais há registo de dois empates, ambos há 200 anos: em 1800, com Thomas Jefferson e Aaron Burr a receberam os mesmos votos. E em 1824, quando Andrew Jackson liderou a votação eleitoral, mas não conseguiu a maioria. John Quincy Adams arrecadou 13 dos 24 votos eleitorais do Congresso e tornou-se o 6.º Presidente norte-americano.

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