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Libertada pela polícia turista sueca mantida dez dias em cativeiro em favela

Homem, por quem a vítima se encantou, foi preso em flagrante pelos agentes.

22 de novembro de 2022 às 16:37

Uma turista sueca, de férias no Rio de Janeiro, que há 10 dias era mantida presa dentro do apartamento de um homem que conheceu ao visitar um ponto turístico da cidade brasileira, foi libertada esta segunda-feira pela polícia local.

Penelope Brunnsstrom, que nunca imaginou passar por uma situação assim ao decidir visitar o Brasil, foi libertada sem ferimentos aparentes, mas completamente apavorada.

O homem, por quem a vítima se encantou e depois se tornou um algoz e carcereiro, Rafael Lemos de Sousa, foi preso em flagrante por agentes da DEAT, Delegacia Especializada no Atendimento a Turistas, com o apoio de agentes da Polícia Militar da UPP, Unidade de Polícia Pacificadora, do Morro da Babilónia.

Foi numa casa da favela da região do Leme, bairro na zona sul do Rio de Janeiro, que Penelope foi mantida em cativeiro e ameaçada para não tentar fugir ou pedir socorro.

A turista da Suécia conheceu Rafael por acaso 20 dias antes, numa ida à chamada Pedra do Sal, no centro, simpatizou com o brasileiro e os dois começaram a sair juntos pelas ruas e praias da capital fluminense.

O terror de Penelope começou há 10 dias, quando, nessa altura avaliando que já podia confiar no novo amigo, sempre tão simpático, aceitou ir ao apartamento do mesmo, no Morro da Babilónia, favela localizada não muito longe da região dos hotéis turísticos e das praias mais famosas do Rio de Janeiro.

Quando, após a visita, tentou voltar para o hotel, Penelope foi impedida por Rafael, que a partir daí se mostrou um homem rude e violento. De acordo com o que a turista contou à polícia, Rafael passou a deixá-la trancada à chave, dentro do apartamento, quando saía e levava-lhe o telemóvel, impedindo-a de comunicar com a família e os amigos.

No fim de semana, porém, aproveitando um momento de distracção de Rafael, Penelope conseguiu enviar uma mensagem de texto para brasileiras que também tinha conhecido por acaso na praia, e estas avisaram a polícia. Pediram o apoio da Polícia Militar, pois a região do Morro da Babilónia é uma área perigosa, os agentes da DEAT esperaram o momento adequado, invadiram o imóvel, libertaram a turista e prenderam Rafael, que já tem cadastro por violência contra quatro mulheres.

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