Criminosos aproveitaram a queima de fogos, quando a maioria dos presentes empunhou os seus telemóveis para filmar, e realizaram vários "arrastões".
Réveillon em Copacabana marcado pelo fogo de artifício, pouca gente e muitos assaltos
Com um público gritantemente menor do que a imensa multidão que em anos anteriores sobrelotou as areias daquela famosa praia brasileira, Copacabana, na zona sul da cidade do Rio de Janeiro, teve um Reveillon marcado por uma emocionante queima de fogos de artifício mas, também, por muitos assaltos. Pelo menos quatro vítimas de ladrões foram esfaqueadas, mas este sábado, primeiro dia de 2022, todas já tinham recebido alta dos hospitais onde foram atendidas.
Não foi divulgada uma estimativa oficial, mas no gigantesco areal de Copacabana eram visíveis grandes áreas sem público, enquanto no famoso calçadão que ladeia a praia mesmo havendo numerosos grupos de pessoas conversando e bebendo, era possível transitar com facilidade, o que em outros anos não ocorria. No último ano em que aquela praia recebeu um Reveillon "normal", em 2019, pouco antes do início da pandemia de Coronavírus, a autarquia estimou em 2,9 milhões de pessoas o público que ali esperou e comemorou a chegada de 2020.
Exactamente para reduzir os grandes ajuntamentos e evitar quanto possível a transmissão da Covid-19, que voltou a crescer no Brasil como no resto do mundo, a autarquia proibiu shows ao vivo e suspendeu a paragem das composições do Metropolitano na estação de Copacabana a partir das 20 horas locais de dia 31, tendo também desviado linhas de autocarros que passam pela região e proibido a circulação e o estacionamento de carros numa vasta área em redor. Para brasileiros e turistas não ficarem totalmente sem música, foram instaladas ao longo da orla sul do Rio de Janeiro 25 torres de som, que transmitiram músicas dos mais diversos estilos até à 1 da madrugada deste sábado.
À meia-noite, começou a tradicional queima de fogos de artifício, que durou 16 minutos, tendo 10 balsas ancoradas ao largo do areal formado figuras e desenhos nos céus de Copacabana através de 14 toneladas de bombas e foguetes coloridos, cujas imagens se refletiam também nas águas da Bahia de Guanabara. Foi o auge da passagem do ano, mas foi também o momento mais perigoso.
Grupos de marginais, muitos deles menores de idade, aproveitaram a queima de fogos, quando a maioria dos presentes empunhou os seus telemóveis para filmar, e realizaram vários "arrastões", quer na areia quer no calçadão e, ainda, no outro lado da Avenida Atlântica, junto aos hotéis de alto padrão. Os ladrões surgiam de repente do nada, a correr, e arrancavam sem dificuldade os telemóveis das mãos das distraídas pessoas, desaparecendo no meio da escuridão.
Claramente organizados, os bandidos encarregavam-se de roubar os aparelhos um de cada turista, com o primeiro marginal do grupo a arrancar o telemóvel da vítima mais próxima, o segundo criminoso da vítima seguinte e por aí fora, conseguindo em poucos segundos uma grande quantidade de equipamentos. As poucas pessoas que reagiam e tentavam evitar o roubo eram agredidas, e nos três postos de saúde instalados em Copacabana foram atendidas pelo menos 111 pessoas, na maior parte somente com escoriações ou cortes sem gravidade, além dos que passaram mal devido à ingestão excessiva de álcool.
A Polícia Militar e a Polícia Municipal fizeram o que puderam, conseguiram recuperar alguns telemóveis, carteiras e fios de ouro, principalmente quando os assaltos ocorreram na Avenida Atlântica e ruas próximas, e prenderam vários suspeitos. Mas, no areal, os espaços vazios e completamente na escuridão facilitaram a fuga da maior parte dos assaltantes, e foram muitos os locais e turistas que levaram para casa a tristeza de perderem bens materiais e o medo de voltarem a participar numa festa semelhante no Rio de Janeiro.
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