Demissão de Daniela Carneiro chegou a ser dada como certa esta terça-feira.
O presidente brasileiro, Lula da Silva, decidiu manter no cargo, pelo menos por enquanto, a ministra do Turismo, Daniela Carneiro, alvo de uma violenta disputa entre o governo e o bloco de partidos de centro-direita no Congresso conhecido como "Centrão".
A demissão da ministra chegou a ser dada como certa esta terça-feira, mas Lula decidiu enfrentar o "Centrão" e o seu principal nome, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e manter Daniela no cargo, para o qual o grupo de partidos fisiológicos já tinha indicado até outro nome, o deputado Celso Sabino, muito ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Na manhã desta terça, convocada às pressas por Lula, Daniela Carneiro foi ao palácio presidencial e a imprensa lá reunida esperava o anúncio da sua demissão ao sair da reunião, mas isso não aconteceu.
O encontro foi tenso e contou com a participação do marido de Daniela, Waguinho Carneiro, autarca da cidade de Belford Roxo, uma das mais importantes do estado do Rio de Janeiro, que nas presidenciais de Outubro de 2022 teve um papel de grande importância para o aumento de votos de Lula no Rio, estado dominado por Jair Bolsonaro, e o edil na reunião desta terça cobrou a Lula a fatura por esse apoio.
Daniela Carneiro, eleita a deputada mais votada do Rio de Janeiro pelo Partido União Brasil, que mistura políticos da direita moderada a radicais da extrema-direita ligados a Bolsonaro, nunca foi reconhecida como representando o partido no governo, pois foi uma escolha pessoal de Lula como recompensa pelo apoio do marido dela nas presidenciais.
Para piorar, Daniela Carneiro já anunciou que pretende deixar o partido por discordâncias com a atual direção partidária, o que aumentou a ambição do União Brasil pelo cargo.
Além de o Ministério do Turismo ser cobiçado pelos partidos por ter muita capilaridade e atuação direta em cidades de todo o Brasil, algo de grande importância por estarmos a pouco mais de um ano das eleições municipais de 2024, o "Centrão" quer comandar a pasta para reforçar o poder de Arthur Lira e colocar no governo um aliado fiel do presidente do parlamento.
Lira, um símbolo dos partidos do bloco que estão sempre ligados ao governo, seja ele qual for, e trocam apoio por verbas e cargos, perdeu força e o comando de verbas públicas milionárias após o fim do governo de Jair Bolsonaro, que ele apoiou, e agora tenta usar a influência que inequivocamente ainda mantém no parlamento para recuperar parte dessas verbas e do poder sobre o governo, que depende dele para aprovar medidas importantes no Congresso, onde é minoria.
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