Greves estão a perturbar ligações ferroviárias e anularam 110 voos da companhia de aviação Ryanair.
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Emmanuel Macron enfrenta esta terça-feira a primeira jornada de greves e manifestações de protesto contra o Código de Trabalho, uma reforma legislativa que o novo presidente francês defende "sem cedências".
"Vamos ter uma multidão", disse líder da central sindical CGT, Philippe Martinez, que pretende agregar os protestos numa altura em que também se registam profundas divisões em vários setores do sindicalismo francês.
A CGT espera 200 manifestações e contabilizou quatro mil pré-avisos de greve, a nível nacional, em protesto contra a proposta legislativa que segundo Martinez "vai dar plenos poderes ao patronato".
A manifestação de Paris está marcada para o meio-dia.
Segundo a France Presse, as greves estão já a perturbar "ligeiramente", desde o princípio da manhã, as ligações ferroviárias nos subúrbios da capital francesa, verificando-se também a anulação de 110 voos da companhia de aviação Ryanair.
Um grupo de feirantes e proprietários de empresas de diversão usaram, esta terça-feira de manhã, vários camiões para bloquearem parcialmente a circulação nos Campos Elísios e alguns acessos à cidade de Paris.
As associações de estudantes e movimentos juvenis de esquerda apelaram à participação nos protestos argumentando que as novas políticas laborais representam uma "regressão social histórica".
Jean-Luc Mélenchon, uma das figuras mais fortes da oposição de esquerda ao governo, vai participar nos protestos em Marselha (sudeste de França) contra o que qualificou de "golpe de Estado social".
As outras duas centrais sindicais francesas, a FO e a CFDT, apesar de criticarem as reformas não apelaram à participação nos protestos.
O presidente Emmanuel Macron, atingido por uma perda de popularidade política, desloca-se esta terça-feira ao território ultramarino francês de Saint-Martin, nas Caraíbas, atingido pelo furacão Irma.
Apontado como um "grande projeto político", a reforma laboral prevê o plafonamento das indemnizações em casos de contencioso, redução dos prazos para atribuição de compensações salariais aos trabalhadores e a possibilidade de negociações sem recurso a sindicatos nas empresas com menos de 50 funcionários, sendo que as pequenas e médias empresas empregam atualmente a maior parte dos trabalhadores franceses.
Macron defende que a nova proposta legislativa confere mais flexibilidade às empresas, encorajando a empregabilidade numa altura em que se verifica uma elevada taxa de desemprego em França.
O desemprego atinge 9,5 por cento da população ativa francesa, contra uma média de 7,8 por cento a nível europeu.
As medidas apoiadas por Macron pretendem igualmente recuperar a confiança da Alemanha que tem vindo a pedir, ao longo dos últimos anos, reformas estruturais em França.
Emmanuel Macron decidiu acelerar os procedimentos legislativos sobre o Código de Trabalho e garantiu que não vai ceder.
Na passada sexta-feira após ter afirmado que os "franceses detestam reformas", Macron sublinhou que está "absolutamente determinado" e que não vai ceder aos protestos dos "cínicos e dos extremistas".
As declarações de Macron foram fortemente criticadas pelos vários quadrantes políticos.
O dirigente de esquerda Jean-Luc Mechon disse que "Macron não gosta dos franceses" e a líder da extrema-direita, Marine Le Pen afirmou ironicamente que "as declarações de amor de Macron aos franceses multiplicam-se todos os dias".
Na segunda-feira, o presidente francês enfrentou uma primeira manifestação de protesto numa deslocação a Toulouse (sudoeste de França) onde cerca de duas mil pessoas, segundo a CGT, estiveram presentes numa concentração contra as reformas anunciadas.
"Estou aqui para 'montar uma festa' a Macron", disse à France Presse, uma manifestante de 71 anos acrescentando que "ele (Emmanuel Macron) é verdadeiramente o presidente dos ricos e dos bancos".
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