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Militares denunciam Operação Abafa

Militares na reserva, os únicos que podem manifestar-se sem sofrer graves represálias, denunciaram em comunicado o que classificam como uma gigantesca ‘Operação Abafa’ montada pelo governo Lula da Silva para impedir o esclarecimento dos casos de corrupção na esfera do poder.

15 de outubro de 2005 às 00:00

Na nota, intitulada ‘Impunidade não’, os militares criticam duramente o Partido dos Trabalhadores e o governo e afirmam que se vive sob o maior escândalo de corrupção da história brasileira.

“Foi montado um gigantesco esquema de corrupção que tem como um dos principais objectivos, e isto é o mais grave, corromper membros do Congresso Nacional para os pressionar a aprovar propostas altamente discutíveis.” – lê-se no comunicado, assinado pela Comissão Inter-Clubes Militares, que congrega as direcções dos clubes de oficiais da Marinha, Exército e Força Aérea.

Classificando a actual crise política e as acusações contra o partido de Lula e o governo como “um escândalo sem precedentes na história do país”, os militares garantem que estão atentos e não permitirão que manobras do PT e do executivo comandado por Lula impeçam o total esclarecimento dos factos e a punição dos culpados.

“A ‘Operação Abafa’ não pode prosseguir, assim como as tentativas de dificultar a investigação das origens do dinheiro espúrio” – declaram os militares, que condenam ainda o uso de avultadas somas do erário público para garantir a ascensão política de aliados de Lula, como o agora presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo, do Partido Comunista Brasileiro. A oposição denunciou na altura, recorde-se, que o governo tinha comprado a eleição de Aldo concedendo mais de 300 milhões de euros a deputados para obras nas suas regiões.

PAULISTAS CONTRA LULA

Se a eleição para a presidência fosse hoje e Lula dependesse dos eleitores da cidade de São Paulo, a maior do Brasil e onde ele tinha uma grande base eleitoral, estaria perdido. Numa sondagem promovida pela Fecom, Federação do Comércio do Estado de São Paulo, 66% dos entrevistados afirmaram que não votariam em Lula em hipótese alguma. Entre os que declararam ter votado nele em 2002, 49 por cento afirmam que não o farão nas eleições do próximo ano.

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