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Ministro da Saúde brasileiro acusado de omissão

Supremo Tribunal Federal abriu uma investigação contra o general Eduardo Pazuello, acusado de recusar ajuda à região de Manaus.

27 de janeiro de 2021 às 08:41

O Supremo Tribunal Federal brasileiro abriu uma investigação contra o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, por suposta omissão na resposta à tragédia da Covid-19 em Manaus e outras cidades do estado do Amazonas, onde dezenas de pessoas morreram por falta de oxigénio hospitalar. Pazuello também foi intimado a depor imediatamente à Polícia Federal.

O ministro é acusado pelo Procurador-Geral da República, Augusto Aras, de ter sido informado com antecedência da iminência de colapso nos hospitais de Manaus por falta de oxigénio mas, apesar de ter o dever e os meios, nada fez para o impedir. Pelo contrário, lê-se na acusação, quando doentes começaram a morrer por falta de oxigénio, Pazuello, ao invés de enviar cilindros de oxigénio, enviou 120 mil comprimidos de hidroxicloroquina, medicamento defendido pelo presidente Jair Bolsonaro para combater a Covid-19 mas rejeitado por médicos.

Após as críticas iniciais, o general até criou uma espécie de ponte aérea com aviões militares para abastecer a região mas, ao todo, eles deixavam em Manaus 20 mil metros cúbicos de oxigénio por dia, quando a cidade, atingida por uma explosão de casos de Covid-19 provocada por uma variante local do coronavírus, precisava de 80 mil metros cúbicos diários.

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