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Ministro dos Direitos Humanos de Lula acusado de assediar sexualmente colega de governo

Uma das vítimas de Sílvio Almeida terá sido Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial.

06 de setembro de 2024 às 12:32

Num escândalo que eclodiu na noite desta quinta-feira e elevou ainda mais a temperatura política em Brasília, no Brasil, o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania do Brasil, Sílvio Almeida, foi acusado de assédio sexual a várias mulheres pela ONG (Organização Não Governamental) Me Too, entidade que defende mulheres vítimas de crimes sexuais.

Sílvio Almeida, de 48 anos, nega as acusações e enviou ofícios ao Ministério da Justiça, à Procuradoria-Geral da República (PGR) e a outros órgãos pedindo uma investigação rigorosa sobre os crimes de que está a ser acusado.

Logo após as primeiras denúncias terem sido divulgadas na imprensa, o portal Metrópolis, de Brasília, avançou que uma das mulheres vítimas de suposto assédio sexual por parte do ministro terá sido uma colega de governo, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. A ministra até esta sexta-feira não veio a público falar sobre o assunto, mas fontes ligadas à assessoria de Lula da Silva avançaram sob anonimato que ela já se tinha queixado internamente junto à presidência da República de estar a sofrer assédio.

Em comunicado divulgado na madrugada desta sexta, a assessoria de Lula da Silva divulgou um comunicado oficial afirmando que as denúncias contra o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania são extremamente graves e que serão apuradas com rigor e celeridade pelos órgãos competentes. Também no final da noite, Sílvio Almeida foi chamado por dois colegas de governo, os ministros da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius Carvalho, e da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, a quem cabe a fiscalização da lisura dos membros do governo, para esclarecer a sua posição sobre as acusações de que é alvo, e divulgou um posicionamento por escrito.

"Repudio com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra mim. Repudio tais acusações com a força do amor e do respeito que tenho pela minha esposa e pela minha amada filha de um ano, em meio à luta que travo, diariamente, em defesa dos direitos humanos e da cidadania neste país", atribuindo as denúncias à inconformidade de sectores que não referiu de verem um homem negro num cargo de destaque no governo.

De acordo com a Me Too, são várias as denúncias de assédio contra o ministro, e as supostas vítimas estão a receber atendimento psicológico e jurídico por parte da entidade. Ainda de acordo com a ONG, a denúncia foi tornada pública esta quinta-feira com autorização das presumíveis vítimas dada a dificuldade que elas estavam a enfrentar para oficializarem as suas queixas nos órgãos competentes contra um ministro poderoso e tão próximo ao presidente Lula da Silva. (FIM).

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